Três estados nordestinos tiveram a maior redução no custo da construção civil em abril. Pernambuco lidera a lista, com -0,31%, seguido por Sergipe (-0,25%) e Alagoas (-0.09%). A posição de estado mais barato para construir, porém, é de Sergipe, com variação acumulada de 1,28%, em 2024, e de 1,74%, nos últimos 12 meses, além de custo de R$ 1.549,25 por metro quadrado. Os dados são do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgados nesta semana, e levam em conta os valores empregados na aquisição de materiais e na mão de obra.
Sergipe teve uma queda de 0,64 ponto percentual em relação aos custos aferidos no mês anterior, quando apresentou índice de 0,39%. No estado, os materiais registraram uma redução de 0,4% e passaram a custar R$ 949,94 por metro quadrado. De acordo com o Observatório de Sergipe, instituição ligada à Secretaria de Planejamento, Orçamento e Inovação do estado e que analisou os dados do Sinapi, o custo da mão de obra não teve variação, seguindo em R$ 599,31 por metro quadrado.
Estados nordestinos tiveram custo menor que a média nacional
Além de Pernambuco, Sergipe e Alagoas, que tiveram índices abaixo da média nacional, o Acre também teve redução no custo da construção civil, atingindo -0,05%. Já Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul apresentaram estabilidade. Na outra ponta do gráfico, com as maiores variações positivas nos custos, aparecem Minas Gerais (1,80%), Bahia (1,54%) e Amapá (1,51%).
No Brasil, o índice teve inflação de 0,41% em abril, com um aumento de 0,34 ponto percentual em relação a março, quando registrou 0,07%. Já o custo nacional da construção civil por metro quadrado subiu de R$ 1.729,25 para R$ 1.736,37, com a maior parte – R$ 1.007,30 – voltada à aquisição de materiais e o restante – R$ 729,07 – referente à mão de obra.
Sergipe celebra resultados e elenca projetos que aquecem o mercado da construção
Os resultados de Sergipe foram comemorados pelo setor, sobretudo porque, há um ano, o estado havia apresentado uma variação de 2,33% nos custos da construção civil, bem acima do índice nacional daquele mês, que foi de +0,27%. Em junho, Sergipe voltou a ficar abaixo da média nacional, barateando os custos, mas voltou a ultrapassar a taxa brasileira entre dezembro de 2023 e março de 2024, com aumentos que variaram de +0,39% a +0,81%. Em abril, mês com resultado mais recente divulgado pelo Sinapi, é que houve um novo recuo.
“Na última quarta-feira, foi divulgado que Sergipe é o melhor estado para se construir. Eu costumo dizer que estamos num momento fantástico, porque vemos as excelentes ações governamentais que têm sido feitas na parte de infraestrutura, mobilidade urbana e quanto ao nosso destino turístico, e o Secovi, enquanto sindicato da habitação, está buscando parceiros para investir aqui”, afirmou o presidente do Sindicato de Habitação de Sergipe (Secovi-SE), Gilmar Antônio dos Santos, durante a cerimônia de posse da nova direção da entidade, realizada na sexta-feira (24), em Aracaju.
Presente no evento, o secretário estadual de Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura, Igor de Albuquerque, elencou projetos que têm aquecido o mercado da construção civil não só no que se refere a empreendimentos imobiliários, mas a ações de infraestrutura que impulsionam a economia do estado. Houve citações à construção da nova ponte Aracaju/Barra dos Coqueiros, do complexo viário que ligará os bairros Inácio Barbosa e Coroa do Meio, na capital, e do Caminho de Irmã Dulce dos Pobres, que será a maior obra de pavimentação granítica do país, de Aracaju a São Cristóvão.
“Temos investido na construção e revitalização de espaços públicos para fomentar a cultura, o esporte, o lazer, a indústria, o comércio e a agricultura. Além disso, as rodovias seguem sendo uma prioridade, a exemplo da implantação da Rota do Leite na SE-175, em Gararu, que transformará a economia local com um investimento inicial de R$ 11 milhões. Outro destaque é a revitalização da SE-100, que tem conclusão próxima, trazendo progresso para o Litoral Norte”, ressaltou o secretário.
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