Os principais agentes atuantes no Complexo Industrial Portuário de Suape reúnem-se nesta terça (25) e quarta-feira (26), para contribuir com o Plano Diretor Suape 2030.
O trabalho encontra-se na etapa de prospecção de futuro em que foram estudados os diferentes cenários temporais e alternativos para o desenvolvimento do complexo.
Nos dois dias de oficina, os principais agentes estratégicos atuantes no território (stakeholders), vão discutir questões sobre gestão do patrimônio cultural e as propostas para os assentamentos habitacionais.
Na ocasião, serão apresentados os cenários e a visão de futuro elaborados até o momento e a proposta conceitual do novo zoneamento e do masterplan do território da estatal portuária.
O plano tem por objetivo revisitar o planejamento físico-territorial-estratégico frente às novas demandas de mercado e aos desafios impostos pelo atual cenário econômico mundial.
“A ideia é ouvir e colher as contribuições dos diferentes grupos envolvidos com os temas em questão e com o processo de desenvolvimento e gestão de Suape, validando as diretrizes e proposições então elaboradas e apresentadas para a revisão do zoneamento”, explica o coordenador de Planejamento e Urbanismo da estatal, Roberto Salomão.
“Ouvir os agentes atuantes na região é essencial para a definição de estratégias e ações que permitam a consolidação e o desenvolvimento participativo na construção da revisão do Plano Diretor de Suape”, pontua Salomão.
Revisão
O Plano Diretor Suape 2030 foi elaborado em 2011, após o complexo registrar o período de maior progresso dos seus quase 44 anos de existência. Na ocasião, o governo estadual havia anunciado aportes em investimentos da ordem de R$ 710 milhões. Esse volume era superior aos cerca de R$ 643 milhões já empregados desde a criação de Suape. Foram elaborados três cenários de curto, médio e longo prazos de referência para orientar a visão de futuro do complexo com metas e objetivos até 2030.
Com a crise econômica instalada a partir de 2014, Pernambuco sofreu forte redução nas transferências federais, além de maior limitação de acesso ao crédito. Outras variáveis, como queda no Produto Interno Bruto (PIB) e alta no desemprego, mudaram alguns dos cenários previstos. Com tudo isso, muitos planos e investimentos esperados ou iniciados não chegaram a ser concluídos ou retomados. Essa nova realidade econômica, com impacto sobre os diversos sistemas produtivos, exigiu o redirecionamento do próprio modelo de desenvolvimento vigente no país e, consequentemente, no Estado.
Considerando esse cenário e a necessidade de atendimento às demandas de mercado, Suape está promovendo a revisão crítica e executando a atualização dos instrumentos de planejamento, tomando por base o conjunto desses desafios e das novas variáveis e perspectivas para a economia nacional, regional e local, com foco nos próximos anos. Em particular, a revisão do zoneamento do complexo, incluindo a atualização do leiaute portuário frente às novas tecnologias e inovações previstas para o setor, a exemplo da produção de hidrogênio verde.
Esta segunda oficina de planejamento participativo para revisão e atualização do plano diretor acontece no auditório do centro administrativo da empresa.