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Endividamento do pernambucano bate recorde histórico: 80,4%

Dados são apontados pela pesquisa Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da (CNC), com recorte local realizado pela Fecomércio-PE O nível de endividamento do consumidor pernambucano bateu recorde em janeiro: 80,4%. É o que revela a pesquisa Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), […]

Dados são apontados pela pesquisa Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da (CNC), com recorte local realizado pela Fecomércio-PE

O nível de endividamento do consumidor pernambucano bateu recorde em janeiro: 80,4%. É o que revela a pesquisa Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com recorte local realizado pela Fecomércio-PE.

Com variação de apenas 0,4 pontos percentuais, a proporção de famílias que se declaram endividadas chegou ao maior percentual desde setembro de 2021 (80,9%). Esse resultado representa o maior percentual de famílias endividadas para o mês de janeiro na série histórica da PEIC em Pernambuco. O recorde atual supera o de janeiro de 2021, quando o percentual alcançou 78,1%.

Compra com cartão de crédito está entre as maiores causas do endividamento. Foto: Pixabay

Essa escalada no endividamento vem em ascensão desde janeiro de 2020, quando chegou a 72,3%, já 4,6 pontos percentuais acima do patamar observado em janeiro de 2019 (67,7%). Em comparação ao mês de dezembro de 2021, o número de famílias endividadas em Pernambuco está estável.

A pesquisa da CNC visa traçar um perfil do endividamento, acompanhando o nível de comprometimento do consumidor com dívidas e sua percepção em relação à sua capacidade de pagamento.

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Compondo o quadro de endividamento em janeiro de 2022, aproximadamente 23% das famílias se dizem muito endividadas, impactando o potencial de consumo (percentual que era de 13% em janeiro de 2021), e 35% se declaram moderadamente endividadas, ou seja, em um nível de endividamento prestes a impactar as relações do consumo familiar. Outros 23% se declaram pouco endividadas e 20% registram que não possui nenhum tipo de dívida comprometendo o orçamento doméstico.

Tipos de dívidas

Entre os tipos de dívidas mais presentes, se destaca o cartão de crédito, citado por aproximadamente 95% das famílias e os carnês (30%). Este último, registrou uma queda de 1,6 pontos percentuais entre janeiro e dezembro. Outro tipo de dívida que também registrou queda foi o cheque especial, citado por 11% das famílias em dezembro e por 8% em janeiro.

A parcela média da renda comprometida com as dívidas ficou em 30,7% em janeiro, patamar já é considerando um limite sobre o orçamento, visto que parcelas acima desse limiar passam a dificultar a capacidade de poupança e o planejamento financeiro das famílias. Em termos de horizonte temporal, as famílias projetam que a composição atual das dívidas seguirá comprometendo a renda por aproximadamente 8 meses.

Inadimplência

O percentual de famílias com dívidas cujo pagamento se encontra atrasado também ficou praticamente estável na passagem de ano, saindo de 32,9% em dezembro para 32,3% em janeiro. Já o tempo médio de atraso sobre o pagamento é de 59,2 dias, ou seja, com pequena variação em relação ao mês de dezembro, quando era de 58,4 dias. Na comparação anual, com janeiro de 2021, a proporção de famílias inadimplentes cresceu 3,1 pontos percentuais e o número médio de dias em atraso cresceu 1,3 dias.

Entre dezembro e janeiro, também se constatou estabilidade no percentual de inadimplentes e sem condições de quitar as dívidas em atraso, que foi de 17,3% em no mês anterior e ficou 17,2% no mês atual. Na comparação anual, por outro lado, a proporção de famílias sem condições de pagamento das contas atrasadas já aumentou 5,3 pontos percentuais em relação a janeiro de 2021. Esse indicador segue em alta desde abril, quando chegou a 12,0%, ilustrando o agravamento das condições financeiras ao longo de 2021. Além disso, passa a preocupar, perante a expectativa para novos aumentos na taxa básica de juros, dificultando as condições de negociação das dívidas em atraso ao longo de 2022.

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