Sua fonte de informação sobre os negócios do Nordeste

Sua fonte de informação sobre os negócios do Nordeste

Nordeste gera saldo de 18.925 empregos formais em outubro

Região teve saldo positivo em outubro de 2024, com Pernambuco e Ceará se destacando na criação de novas vagas de empregos. Bahia registra retração

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para outubro de 2024 refletem a recuperação do mercado formal no Nordeste, em linha com o desempenho nacional. A região teve a criação de 18.925 novos postos de trabalho, enquanto que no Brasil todo 132.714 carteiras foram assinadas no último mês. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões. No acumulado do ano, o Brasil gerou 2,1 milhões de novas vagas, segundo informações do Ministério do Trabalho e Emprego, consolidando a retomada econômica em diversos setores.

Pernambuco liderou o saldo no Nordeste, com 5.010 vagas criadas, elevando o estoque para 1.523.876 vínculos formais, impulsionado por serviços e comércio. Ceará apresentou saldo de 3.187 vagas, chegando a um estoque de 1.411.383 empregos, enquanto Alagoas, com saldo de 3.445 postos, destacou-se proporcionalmente em relação ao seu estoque de 467.449 empregos.

A Bahia, maior economia regional, registrou saldo negativo de -579 vagas, com ajustes nos setores de agropecuária e construção civil, mas manteve o maior estoque do Nordeste, com 2.148.367 vínculos formais. Outros estados como Rio Grande do Norte (+2.847) e Paraíba (+1.606) mantiveram saldos positivos moderados, reforçando a recuperação na região.

Empregos por região

Todas as cinco regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em outubro. O Sudeste liderou a abertura de vagas, com 65.458 postos a mais, seguido pelo Sul, com 34.372 postos. Em seguida, vem o Nordeste, com 18.345 postos. O Norte abriu 7.349 postos de trabalho, e o Centro-Oeste criou 4.457 vagas formais no mês passado, tendo o menor desempenho por causa do fim da safra.

Na divisão por unidades da Federação, 24 das 27 registraram saldo positivo. Os destaques na criação de empregos foram São Paulo (+47.255 postos); Rio Grande do Sul (+14.115), em recuperação após as fortes enchentes que atingiram o estado; e Rio de Janeiro (+10.731). Os três estados que fecharam vagas foram Bahia (-579 postos), Mato Grosso (-172) e Goiás (-45).

- Publicidade -

Queda em outubro

Em relação aos meses de outubro, o volume é o menor desde 2020, quando se iniciou a metodologia atual do Caged. A geração de empregos caiu 30,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em outubro de 2023, tinham sido criados 190.366 postos de trabalho, nos dados com ajuste, que consideram declarações entregues em atraso pelos empregadores.

Em entrevista coletiva, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse que os juros altos contribuíram para a desaceleração na abertura de vagas. “Espero que a transição do Banco Central venha a ajudar isso no tempo. Creio que o Banco Central não foi colaborativo nesse período de analisar completamente os indicadores macroeconômicos e ajudar nas decisões para a gente não perder o ritmo de crescimento. Houve uma desaceleração [na criação de empregos]”, disse o ministro.

Saldo acumulado

Nos dez primeiros meses do ano, foram abertas 2.117.473 vagas. Esse resultado é 18,6% mais alto que no mesmo período do ano passado. A comparação considera os dados com ajustes, quando o Ministério do Trabalho registra declarações entregues fora do prazo pelos empregadores e retifica os dados de meses anteriores.

O resultado acumulado é o maior desde 2022, quando tinham sido criados 2.341.665 postos de trabalho de janeiro a outubro. A mudança da metodologia do Caged não torna possível a comparação com anos anteriores a 2020.

Setores

Na divisão por ramos de atividade, três dos cinco setores pesquisados criaram empregos formais em outubro. A estatística foi liderada pelos serviços, com a abertura de 71.217 postos, seguidos pelo comércio, com 44.297 postos a mais. Em terceiro lugar, vem pela indústria (de transformação, de extração e de outros tipos), com a criação de 23.729 postos de trabalho.

O nível de emprego diminuiu na construção civil, com o fechamento de 767 postos. Com a pressão pelo fim da safra de vários produtos, a agropecuária eliminou 5.757 vagas no mês passado.

Destaques

Nos serviços, a criação de empregos foi puxada pelo segmento de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com a abertura de 41.646 postos formais. A categoria de administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais abriu 10.698 vagas.

Na indústria, o destaque positivo ficou com a indústria de transformação, que contratou 23.800 trabalhadores a mais do que demitiu. Em segundo lugar, ficou o segmento de eletricidade e gás, que abriu 124 vagas.

As estatísticas do Caged apresentadas a partir 2020 não detalham as contratações e demissões por segmentos do comércio. A série histórica anterior separava os dados do comércio atacadista e varejista.

*Com informações da Agência Brasil e Agência Gov

Leia mais: Governo paga 13º no dia 13 de dezembro e injeta R$ 4,2 bilhões na economia

- Publicidade -
- Publicidade -

Mais Notícias

- Publicidade -