Pelo segundo mês consecutivo, o Nordeste teve saldo positivo na geração de empregos com carteira assinada em todos os nove estados, segundo o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Foram, ao todo, 45.940 admissões a mais. Em junho, a Bahia foi o estado que teve o melhor saldo regional (8.899 novas vagas), seguido por Pernambuco (8.022) e Ceará (7.620). O menor saldo mensal veio de Sergipe: 1.821. Apesar dos resultados positivos de maio e junho, Alagoas continua sendo o único estado nordestino com um saldo total negativo no acumulado do primeiro semestre de 2024: -8.052.
O Caged é o registro de admissões, dispensas e transferências de trabalhadores com contrato de trabalho regido pela CLT, e é divulgado mensalmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Segundo o MTE, foram gerados 201.705 trabalhos com carteira assinada no Brasil em junho, chegando a 6,9% na taxa de desemprego, a menor para o período em uma década. No balanço da primeira metade do ano, já são mais de 1,3 milhão de saldo de empregos gerados.
O saldo nacional de junho deste ano superou a geração de junho 2023, quando foram gerados 157.198, ficando positivo nos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas e em 26 estados, sendo negativo apenas no Rio Grande do Sul, em razão dos impactos das enchentes que atingiram o estado. O destaque do mês foi para o setor de Serviços, que gerou 87.708 vagas, seguido do Comércio (33.412), Indústria (32.023), Agropecuária (27.129) e Construção Civil (21.449).
Empregos no NE
No ranking de geração de emprego na região, houve mudanças no ranking de junho em relação aos meses anteriores. Pernambuco subiu duas posições, ultrapassando o Rio Grande do Norte e o Piauí.
A Bahia segue campeã nordestina na geração de empregos, chegando a 54.435 no 1º semestre. O grande gerador de carteiras assinadas no estado é o setor de serviços, com um saldo positivo de 31.972.
Já Sergipe, que ocupava a sexta posição na lista em abril, caiu e agora ficou em oitavo, à frente apenas de Alagoas, que continua com um saldo negativo. Nos últimos dois meses, no entanto, o déficit alagoano vem diminuindo o número, passando de -13.182 para -8.052.
Em crescimento proporcional, o Maranhão e a Paraíba foram os que tiveram maiores aumentos de maio para junho, 124% e 106% respectivamente. Os menores vieram de Alagoas e Ceará, com 25% e 31%, nesta ordem.
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