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NE avança na inovação com apoio da Finep a 7 novos parques tecnológicos

Três estados da região concentram quase metade das iniciativas aprovadas em chamada pública focada em inovação e desenvolvimento científico
Centro de Inovações do Polo Tecnológico de Alagoas Jaraguá inovação
Parque Tecnológico de Inovação do Jaraguá, em Maceió, receberá recursos para ampliar atuação no ecossistema digital de Alagoas. Foto: Divulgação

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) aprovou 17 novos parques tecnológicos em diferentes estados do Brasil, totalizando R$ 100 milhões em recursos não reembolsáveis. Destes, 7 projetos estão no Nordeste, consolidando a região como destaque no fomento à inovação tecnológica e ao desenvolvimento econômico regional. O valor solicitado por cada proposta pode variar entre R$ 4 milhões e R$ 15 milhões.

Lançada em 16/10/2024, a chamada teve por objetivo apoiar a implantação ou operação de Parques Tecnológicos em estados que não haviam sido contemplados no edital anterior, de 2021: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. Ao todo, o edital recebeu 25 propostas, provenientes de nove estados, tendo 17 delas sido habilitadas.

Nesta nova etapa, serão investidos R$ 100 milhões em recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) não-reembolsáveis, na implantação ou operação dos espaços. “Essa chamada apenas é possível porque nós temos um FNDCT robusto. Um fundo potente para a ciência brasileira, que tende a mudar a ciência no médio e no longo prazo”, afirmou o presidente da Finep, Celso Pansera, quando o edital foi lançado, em outubro de 2024.

Segundo a plataforma Inovalink, existem atualmente 62 parques tecnológicos em operação no país, 23 sendo implantados e sete ainda em fase de planejamento. A plataforma é uma parceria entre o MCTI, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec).

No Nordeste, os parques contemplam áreas estratégicas como agrotecnologia, pesquisa científica, empreendedorismo e tecnologia industrial, sendo distribuídos entre Alagoas, Maranhão e Sergipe. Em Alagoas, dois projetos foram aprovados: o Parque Tecnológico Agroalimentar, executado pela Universidade Estadual de Alagoas, e o Parque Tecnológico de Inovação do Jaraguá (PTIJ), coordenado pela Secretaria de Estado da Ciência, da Tecnologia e da Inovação.

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No Maranhão, os projetos aprovados foram o Parque Tecnológico Fábrica de Inovação, sob responsabilidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, e o Parque Tecnológico Renato Archer (PTRA), gerido pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão.

Em Sergipe, três parques foram contemplados: o UFS ParkTech, da Universidade Federal de Sergipe, o HUB-TEC-SE, do Sergipe Parque Tecnológico, e o Tiradentes TechPark (TTP), liderado pelo Instituto de Tecnologia e Pesquisa.

Nordeste impulsiona ecossistema de inovação

Com 7 dos 17 projetos aprovados, o Nordeste se consolida como um polo emergente de inovação no Brasil. Esses parques têm como objetivo principal a integração entre academia, setor produtivo e governo, oferecendo infraestrutura de ponta para startups, empresas de base tecnológica e pesquisadores.

A Finep destacou que o aporte de R$ 100 milhões busca reduzir desigualdades regionais, aumentar a competitividade da indústria nacional e estimular a geração de empregos qualificados. A expectativa é que a iniciativa contribua para o desenvolvimento de tecnologias avançadas, promova o empreendedorismo e fortaleça a economia regional.

As propostas enviadas por Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) estaduais, municipais ou do Distrito Federal devem ainda prever uma contrapartida financeira, a ser apresentada pela proponente/convenente ou pela executora. Já os ICTs federais e privados não precisarão apresentar contrapartida.

Na última chamada, de 2021, foram investidos R$ 180 milhões na construção e operação das unidades. “No entanto, a análise técnica revelou a existência de propostas de alta qualidade que ficaram de fora do apoio financeiro, o que motivou uma suplementação de recursos”, explica o superintendente na área de Pesquisa Aplicada e Desenvolvimento Tecnológico da Finep, André Nunes.

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