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A Meta anunciou a criação do Projeto Waterworth, uma nova infraestrutura de cabos submarinos que terá 50.000 quilômetros de extensão, interligando os Estados Unidos, Brasil, Índia, África do Sul e diversas outras regiões. O objetivo da iniciativa é expandir a conectividade global, fortalecer o tráfego de dados e impulsionar o crescimento da economia digital em países emergentes.
Segundo a empresa, este será o maior sistema de cabos submarinos do mundo, com extensão maior do que a circunferência da Terra, e preparado para suportar o aumento exponencial da demanda por inteligência artificial e serviços digitais.
No Brasil, o projeto deve ter Fortaleza como base de operações, de acordo com o mapa divulgado pela Meta. A capital cearense já se consolidou como um dos principais polos de conectividade da América Latina, abrigando diversos cables hubs e data centers de empresas internacionais, além de conexões estratégicas com a Europa, Estados Unidos e África.
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Fortaleza deve ser o ponto de ancoragem no Brasil
Embora a Meta não tenha confirmado oficialmente o local exato de conexão, a análise do mapa indica que Fortaleza será a cidade brasileira escolhida para a chegada do cabo Waterworth. A capital cearense já recebe outros grandes sistemas de cabos submarinos, como o Monet, operado pelo Google e pela Angola Cables, e o EllaLink, que conecta o Brasil diretamente à Europa.
A infraestrutura de telecomunicações de Fortaleza se destaca na América Latina pela posição geográfica estratégica e pelo grande número de data centers de alta capacidade, fatores que tornam a cidade um destino preferencial para investimentos do setor. A chegada do Waterworth reforça ainda mais esse protagonismo e pode atrair novas empresas interessadas em estabelecer operações no Brasil.
A cidade está posicionada em uma área geográfica privilegiada, próxima ao Atlântico, o que facilita a conectividade internacional. Essa localização permite que Fortaleza funcione como um ponto de entrada para cabos submarinos que conectam as Américas à Europa e à África, como os cabos SACS e Monet, que ligam Fortaleza a Luanda (Angola) e Miami (EUA) respectivamente.
Em relação a data centers, o crescimento do setor na capital cearense é evidenciado por projetos como o que está em construção na Praia do Futuro, com um investimento de R$ 1 bilhão pela empresa Scala. Além disso, novas instalações estão sendo planejadas, como o Mega Lobster da Tecto, que terá capacidade para 1.000 racks e investimentos de R$ 550 milhões.
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Meta expande conectividade e suporte à inteligência artificial
O Projeto Waterworth faz parte da estratégia da Meta de fortalecer a infraestrutura global de tráfego de dados, garantindo maior estabilidade, velocidade e suporte à evolução tecnológica. A companhia destaca que os cabos submarinos são essenciais para permitir avanços em inteligência artificial, serviços em nuvem e aplicações digitais de alta demanda.
A iniciativa também amplia os esforços da empresa na inclusão digital e na melhoria da conectividade em regiões que ainda possuem limitações estruturais. Segundo a Meta, a nova rede será fundamental para garantir um acesso mais rápido e eficiente à internet, principalmente em mercados emergentes.
Maior sistema de cabos submarinos do mundo
Com 50.000 km de extensão, o Waterworth supera sistemas submarinos já implantados por outras gigantes da tecnologia. O projeto se soma a outras iniciativas de grande porte da Meta, como o 2Africa, um cabo submarino que conecta 33 países ao redor do continente africano.
A expectativa é que o Waterworth seja concluído ao longo dos próximos anos, com investimentos bilionários para sua implementação. A Meta ainda não divulgou o valor total do projeto, mas reforçou que o novo cabo será essencial para o futuro da infraestrutura digital global.
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