Uma startup educacional recifense foi selecionada uma para ser um dos representantes do Brasil em um Programa de Incubação Cruzada Brasil-Chile que ocorrerá em terras chilenas do dia 18 à 23 de novembro. A Prol Educa é uma edtech que já ajudou mais de 20 mil estudantes de comunidades periféricas com bolsas de estudos para instituições particulares. Atualmente eles estão fazendo uma vaquinha para arrecadar fundos visando cobrir os custos de passagens, hospedagem e alimentação, que o programa não cobre. Para ajudar acesse o link, https://querobolsadeestudos.com.br/premiacao/.
“Toda a solução de hoje, é a qualificação constante. Eu vou lá para aprender, busco pegar o conhecimento e trago para dentro do time e isso torna o time enriquecido. Então eu vou para lá, para a networking, para entender melhor o mercado do Chile, o mercado da educação, fazer parcerias com o poder público e com o poder privado para poder entrar no mercado do Chile”, declarou Pettrus Nascimento, CEO da Prol Educa.
Fundada em 2015, a Prol Educa tem uma missão de levar educação de qualidade para jovens de comunidades periféricas de 16 estados do Brasil, incluindo todos do Nordeste. Com investimento de 20 mil reais, a empresa chegou a faturar 200 mil reais no primeiro ano somente com a oferta de bolsas no ensino básico, setor com maior número de inscritos da edtech.
“Nosso propósito é a inclusão através da educação. Queremos devolver às crianças e jovens da periferia o direito de sonhar e melhorar de vida”, diz o CEO. “O Prol Educa não é só captação de alunos, é o que a bolsa de estudo vai trazer na vida daquele aluno, na vida da comunidade, na vida da família. Então a gente entrega para a escola, um dashboard onde a gente consegue unir a escola, a família e a comunidade. A gente consegue também o desenvolvimento desse aluno, porque a gente busca mensurar o nosso impacto, no que a Pro Educa está transformando na vida deles e o que a gente está mudando na sociedade por meio da educação”, complementa.
Edtech atende mães solteiras
A startup educacional age fechando parcerias com escolas, faculdades, cursos técnicos e cursos de idiomas que possuem vagas que não foram preenchidas, para ocupar esses espaços, e oferece bolsas de estudos que variam entre 30% a 80% para alunos de baixa renda. Cerca de 75% dos alunos atendidos têm renda familiar de um salário mínimo, com a maior parte das famílias sendo de mães solteiras, negras e periféricas
“No Brasil hoje, devido à pandemia, metade das escolas ainda corre o risco de falir. Então, a nossa proposta é colocar o aluno na cadeira ociosa, transformando aquela receita zero em até 80% de receita para a escola. Por outro lado, a gente vai colocar uma família que que mora ali ao redor e não tem condições de pagar. Então a gente ajuda a família a ter acesso à educação de qualidade e também leva a receita extra para o diretor”, comentou o gestor.
O modo de lucro da empresa ocorre com as inscrições dos alunos e pagamentos da primeira mensalidade em seu valor integral, e fatura com as taxas de renovação. Na renovação da matrícula, o valor pago pelo aluno também é integral, entretanto 50% vão para a plataforma e o restante à instituição de ensino. Segundo o CEO, mais de 10 milhões de reais já foram pagos para as escolas parceiras que tinham vagas ociosas.
Atualmente a Prol Educa tem parceria com mais de 700 instituições, oferecendo um total de 4841 cursos. E na questão de alunos beneficiados, o número já passa 3,6 mil.
O Programa de Incubação Cruzada Brasil-Chile consiste em um intercâmbio entre os dois países visando promover a incubação – processo que ajuda empresas novas ou em operação a se desenvolverem, tornando-as mais competitivas e viáveis no mercado – de empreendimentos inovadores.
“Nós vamos sair de lá com mais visibilidade no mercado do Brasil, no mercado da América Latina. Nossa missão é combater a evasão escolar no estado de Pernambuco e combater a evasão escolar no Brasil, e trazer isso para toda a América Latina. Por isso que a gente precisa entender como é o mercado lá fora, para poder ajudar de alguma forma, para dar acesso aos menos favorecidos uma educação de qualidade, entendeu”, afirmou Pettrus.
O programa – que é uma parceria entre a Embaixada do Brasil em Santiago e o Centro de Inovação Anacleto Angelini da Pontifícia Universidade Católica do Chile (UC Angelini) – escolherá cinco startups brasileiras para participarem da agenda incubatória.
Os empreendimentos terão a oportunidade de ter um contato privilegiado com os respectivos ambientes de inovação. Além de diversas oportunidades de networking, elas participarão de uma agenda de atividades com sessões preparatórias sobre acesso a mercado, capacitações técnicas, seminários sobre o ecossistema de inovação, mentorias e outras ações.
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