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Recife tem nova tecnologia para a transmissão de dados IoT

Rede LoRaWan da Parlacom é a primeira do estado. Tecnologia promete revolucionar a IoT no Recife
Porto Digital IoT Rede LoRaWAN
Após o Porto Digital, no Recife, o objetivo da Parlacom é levar a rede para funcionamento da IoT no Porto de Suape. Foto: Divulgação/Combogó Comunicação

A Parlacom está oferecendo acesso à Rede LoRaWAN privada para empresas de tecnologia do Porto Digital. A companhia é a primeira do estado a oferecer o serviço. Durante os próximos seis meses a utilização será disponibilizada de forma gratuita para os bairros do Recife, Santo Antônio, São José e Santo Amaro, área de alcance da antena que está localizada na Rua da Aurora.

Além de atrair mais empresas para o polo tecnológico da capital pernambucana, a Parlacom quer transformar Recife numa cidade, de fato, inteligente, fazendo isso ao fornecer tecnologia que possibilita a comunicação em larga escala para dispositivos da Internet das Coisas (IoT).

Mas o que LoRaWAN, IoT e cidades inteligentes têm a ver?

LoRaWAN é uma tecnologia que conecta objetos, como sensores e medidores, à internet de forma eficiente e segura. Ela permite que esses dispositivos, que funcionam com bateria, se comuniquem entre si e com a nuvem, enviando e recebendo informações.

O sistema é útil, por exemplo, para controlar à distância o fornecimento de serviços de água e luz, monitorar a qualidade do ar e a temperatura ou rastrear produtos.

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Um investimento de R$ 50 mil foi feito para implantar a tecnologia na região, o que pode criar novas oportunidades de emprego para desenvolvedores de soluções IoT e facilitar a criação de laboratórios para o desenvolvimento de novos dispositivos. O estímulo promete impulsionar a inovação e a eficiência em diversos setores do Recife.

IoT e o cotidiano do Recife

Basicamente, IoT permite que coisas cotidianas, como fechaduras e câmeras de segurança, recebam e transmitam dados, integrando-as, assim, à internet. A Rede LoRaWan é o caminho por onde essa comunicação acontece, sendo eficiente para IoT exatamente porque permite que essa conexão aconteça entre dispositivos geograficamente distantes, com baixo consumo de energia e transmissão segura de dados.

Clóvis Lacerda, CEO da Parlacom, explica que “esses equipamentos coletam uma pancada de informações. Desde como está se comportando a temperatura durante o dia, a umidade, como está a chuva, como está o índice de decibéis da cidade”.

Com isso é possível observar de maneira mais precisa o comportamento da cidade, precisando as tendências e os padrões daquela região.

“É uma massa de dados da qual podemos retirar inteligência e fazer previsões. Então, isso é machine learning. E se falamos de machine learning, falamos de inteligência artificial”. Com IA é possível, além de automatizar processos, inovar em áreas sensíveis ao poder público, como a segurança pública e a defesa civil”.

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Clóvis Lacerda é CEO da Parlacom. Foto: Divulgação/Combogó Comunicação

Universidades e governos

Lacerda explica que a empresa já começou a contatar estabelecimentos para a instalação dos equipamentos. “Estamos conversando com um restaurante lá do Marco Zero para colocar o medidor de vibração. Em coberturas, queremos um medidor de índice de chuva e de decibéis.”

Da massa de dados coletada é possível fazer predições. “O que a gente quer fazer com isso? Aí vem a parceria com as instituições de pesquisa”. O CEO explica que a massa de dados será gratuitamente disponibilizada para a pesquisa e desenvolvimento de soluções às universidades federais do estado, além da Cesar School.

“A Parlacom está fazendo esse investimento para que tenhamos um exemplo: transformamos Recife em uma cidade inteligente e, com essas empresas, temos soluções para oferecer para o Brasil inteiro.”

Porto de Suape

Depois de consolidado na capital, Lacerda revela que o próximo passo é levar a solução para dentro do Porto de Suape.

“Estamos em fase inicial de conversa com eles. Queremos correr e colocar a solução de Recife para funcionar, porque, no momento em que consideramos ir para um porto como o de Suape, a barra já estará mais alta”.

Para o Porto de Suape, Lacerda pontua que não deve haver um “projeto de solução”, mas sim algo consolidado que mudará positivamente o dia a dia do complexo.

“É algo mais pesado, mais profissional, mais exigente, como um porto de Suape. A gente quer chegar e dizer que já estamos funcionando em Recife. Não é um discurso comercial, é um discurso na prática.”

Como solicitar o serviço

As empresas interessadas precisam entrar em contato pelo e-mail [email protected], com o assunto #QueroLora, ou se cadastrar no site www.parlacom.net. No futuro, a cobrança será realizada por pacote de dados contratados/utilizados.

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