A V.tal anuncia a criação de seu Comitê de Neutralidade. A empresa, que atua com soluções de infraestrutura digital fim-a-fim, é detentora da maior rede neutra de fibra óptica no Brasil. O novo órgão será permanente e terá a função de assessorar o Conselho de Administração da companhia, funcionando como um garantidor para que as operações da V.tal sejam neutras, equilibradas e não discriminatórias para todos os clientes que compartilham sua infraestrutura.
A rede da V.tal é considerada neutra, porque é compartilhada entre todos os usuários. Geralmente, as outras redes dividem o controle com uma operadora. A expectativa da empresa, que está presente em todos os estados do Brasil, é chegar a 34 milhões de domicílios até dezembro de 2025. Para isso, a empresa fará investimentos de R$ 5 bilhões por ano no período.
Desde sua criação, a V.tal implementou práticas de governança corporativa específicas para garantir que seus acionistas que tenham atuação ou participação no mercado de telecom não tenham acesso a informações concorrencialmente sensíveis dos clientes da V.tal.
O Comitê de Nautralidade, que atuará sobre a governança corporativa, será integrado por três membros independentes com experiência reconhecida no mercado de Telecom. Essa ação, segundo a V.tal configura uma inovação no setor de telecomunicações.
O Comitê de Neutralidade irá zelar para que as regras de neutralidade e independência da V.tal sejam observadas por todas as áreas – operacionais, administrativas ou comerciais – e para que as suas práticas comerciais sejam neutras e não-discriminatórias. Também propor estratégias e processos em assuntos relacionados à neutralidade, exercer o papel de aconselhamento, emitir opiniões e recomendações e analisar situações específicas demandadas pelo Conselho de Administração.
“Por se tratar de um novo modelo de negócio, entendemos que a V.tal precisa contar com um organismo focado na neutralidade, para que todos os nossos clientes tenham confiança em trabalhar com a nossa empresa”, explica Maria Claudia Cunha, vice-presidente de Governança, Sustentabilidade e Auditoria Interna da V.tal, acrescentando que “o próprio Acordo de Acionistas que criou a V.tal previa a implementação de medidas voltadas ao resguardo de informações comercialmente sensíveis e o estabelecimento de órgãos de governança corporativa voltados à gestão da neutralidade das operações”.
Conheça os integrantes do Comitê:
Fabio Malina Losso: Advogado, bacharel em direito pela PUC/PR (1998) e Doutor em Direito Civil (2008), com distinção, pela USP. Desde 2009, é membro de conselho na Universidade de Chicago, onde foi visiting scholar entre 2013 e 2020. Foi Diretor de Governança, Risco e Compliance da COPEL. É sócio de Losso Advogados e de Priori Capital. É membro independente do Conselho de Administração da ELETROBRAS CHESF. Foi membro, vice-presidente e presidente de conselhos de administração e membro e coordenador de comitês de companhias de grande porte dos setores de telecomunicações, energia elétrica, óleo e gás e varejo farmacêutico.
Katia Costa da Silva Pedroso: Executiva de regulação, concorrência, jurídico e negócios em setores regulados com mais de 25 anos de carreira em empresas como TELCOnsultoria, Vivo/Telefônica, Anatel, Telebrás e Embratel. Advogada formada pela UERJ com pós-graduação em Direito da Concorrência e do Consumidor, teve carreira executiva na Vivo/Telefônica por mais de 14 anos, atuando como Diretora Regulatória do Grupo por mais de 5 anos. Atualmente, é sócia fundadora da TELCOnsultoria, empresa especializada em consultoria regulatória, jurídica, concorrencial e de negócios no setor de telecom, que presta serviços para associações, prestadoras e agentes da cadeia, como detentores de infraestrutura / torreiras / aeroportos / SVA – OTT, dentre outros.
Ercio Zilli: Graduado em Engenharia Elétrica pela UnB, iniciou sua carreira no Departamento Nacional de Telecomunicações, passando depois pela NEC e Telebrás. Foi assessor especial do Ministro das Comunicações para a elaboração da Lei Geral de Telecomunicações, implantação da Anatel e privatização da Telebrás. Participou de conselhos de administração de várias empresas do Sistema Telebras e do Conselho Consultivo da Anatel. Foi diretor de Regulamentação da Telemar/Oi e co-fundador da Abrafix, que representava empresas de serviço fixo comutado e coordenador de seu comitê regulatório. Foi presidente da Acel – Associação de operadoras de telefonia celular, vice-presidente de Regulamentação da Vivo e, atualmente, atua como sócio-gerente da Teleaz Consultoria Empresarial Ltda, com atuação nas áreas de estratégia e regulamentação em telecomunicações e internet.
Como a V.tal funciona
Uma fibra ótica da V.tal é comercializada num sistema parecido com o Uber: o cliente usa o que paga – como se fosse um aluguel – e não tem despesa com a implantação da infraestrutura e nem precisa comprar equipamento.
Atualmente a empresa é detentora da maior rede neutra de fibra óptica no Brasil, que atende operadoras de telecom, provedores de internet e OTTs. São mais de 20 milhões de casas atendidas pelo provimento de FTTH (Fiber To The Home), o que representa 430 mil quilômetros de fibra óptica terrestre, conectando mais de 2.380 municípios no Brasil, e 26 mil quilômetros de cabos submarinos que ligam o Brasil à Argentina Venezuela, Colômbia, Bermudas e Estados Unidos, além de edge data centers distribuídos entre Brasil e Colômbia.
A empresa possui portfólio integrado de soluções de conectividade e infraestrutura e é controlada pelos fundos de investimentos do BTG Pactual. Desde outubro de 2022 a V.tal é signatária do Pacto Global da ONU em direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção.
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