A tragédia das chuvas que deixou um saldo de mais de 100 pessoas mortas em Pernambuco, em maio passado, mostrou a necessidade de iniciativas para dar mais segurança à população diante de fenômenos naturais extremos. Uma delas foi lançada nesta quarta-feira (27) pelo governo de Pernambuco: o edital de R$ 5,6 milhões para projetos de prevenção e mitigação de incidentes climáticos provocados pelas chuvas.
Os recursos serão destinados a sete propostas, por meio da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe). Cada projeto contemplado pode alcançar até R$ 800 mil e deve ser executado no prazo de um ano.
No lançamento, no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, o governador Paulo Câmara declarou que o Edital nº 21/2022 busca integrar entes públicos e a iniciativa privada para o desenvolvimento de projetos inovadores. “Estamos chamando a academia e a sociedade civil para estudarmos juntos, com o intuito de estarmos cada vez mais preparados para os desafios do futuro. Os fenômenos climáticos provêm, muitas vezes, da ação humana, por isso precisamos estimular práticas que atenuem os desastres naturais e suas consequências, como ocorreram no nosso Estado e no País”, salientou Câmara.
O secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Fernando Jucá, explicou que o edital traz um modelo inovador, para situações emergenciais. “Estamos envolvendo grupos de pesquisa de alto nível, empresas públicas ou privadas e instituições interessadas em aplicar os produtos desenvolvidos”, disse.
As propostas serão desenvolvidas em uma instituição de pesquisa (IES ou ICT) e deverão estabelecer parceria com empresas públicas e privadas em conjunto com a instituição interessada no desenvolvimento do produto. Algumas áreas temáticas serão priorizadas, como o monitoramento hidrometeorológico e a previsão do tempo e do clima; a drenagem e manejo de águas pluviais urbanas (mapeamento de rios, canais, desobstrução e alagamentos); a geotecnia, a estabilidade de taludes e o mapeamento digital de riscos; a plataforma socioeconômica georreferenciada nas áreas de risco; a integração de plataformas e base de dados; e a inovação inclusiva para comunidades em áreas de risco.
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