Um novo estudo para quantificar o carbono armazenado no solo do Cerrado do Piauí está sendo desenvolvido pela Universidade Estadual do Piauí (Uespi). Encabeçado pelo professor Francisco de Assis Pereira Leonardo, do campus de Uruçuí, o projeto avalia a capacidade do solo de acumular carbono em áreas cultivadas e preservadas, analisando como o uso agrícola afeta o sequestro de carbono, crucial para a sustentabilidade ambiental.
O estudo foi financiado e contemplado pelo edital Uespi Tech, que aportou R$ 20 mil para a compra de diversos equipamentos e insumos necessários para o prosseguimento da pesquisa. “A expansão agrícola vem acompanhada de emissões de carbono, e é essencial mensurar o que está sendo acumulado no solo, além de propor práticas agrícolas que reforcem o sequestro de carbono”, comenta o professor Francisco Leonardo.
A pesquisa foi reconhecida pela Uespi como uma contribuição valiosa para a preservação do Cerrado e para o desenvolvimento de práticas agrícolas que auxiliem no combate às mudanças climáticas, promovendo um uso do solo mais sustentável e compatível com a conservação ambiental.
“Sequestro de carbono”
O “sequestro de carbono” é um termo estabelecido em 1997, durante a Conferência de Kyoto, visando conter e reverter o acúmulo de CO2 na atmosfera, com o foco na diminuição do efeito estufa. Sendo considerado como uma das formas mais sustentáveis de reduzir o efeito estufa, a técnica utiliza de plantas eficientes no armazenamento do carbono para poder “sequestrá-lo” da atmosfera.
Isso acontece pois o gás carbônico que é absorvido pelas plantas durante o processo de fotossíntese tem dois destinos, com uma parte ficando retida no interior do vegetal, na forma de biomassa, alimentos ou fibras, e a outra sendo devolvida para atmosfera pelo processo da respiração.
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