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Debate do Recife tem confrontos, mas temas repetem guia eleitoral

Durante uma hora e 15 minutos, cinco candidatos a prefeito do Recife se enfrentaram na TV Jornal e temas do guia eleitoral dominam encontro
O debate reuniu os cinco candidatos cujos partidos têm representação na Câmara Federal Foto: Jailton Jr./JC imagem
Debate reuniu os cinco candidatos cujos partidos têm representação na Câmara Federal Foto: Jailton Jr./JC imagem

Descontruir uma gestão com mais de 70% de aprovação em um debate de uma hora e quinze minutos parece ser uma missão impossível. E é. O confronto entre cinco candidatos a prefeito do Recife cujos partidos têm representação na Câmara dos Deputados, na noite desta terça-feira (1º), na TV Jornal, mostrou que o gestor da capital pernambucana e candidato à reeleição, João Campos (PSB), jogou com o regulamento debaixo do braço. Recebeu críticas dos outros postulantes, mas, no final, o encontro não deve mudar em nada o cenário de favoritismo do socialista que se coloca na disputa municipal.

Durante todo tempo, a impressão que se tinha era que estava passando a propaganda eleitoral, com os mesmos temas e frases. O caso da suspeita de irregularidades nas creches, as críticas à questão do saneamento e à insegurança na capital pernambucana foram alguns dos temas levantados.

Com pouquíssimo tempo no guia (9 segundos), Técio Teles (Novo), buscou se apresentar. E talvez tenha sido o que mais comemorou. Não pelo desempenho em si, que até não foi ruim, mas pelo tempo de exposição no debate, possivelmente mais do que toda a sua propaganda eleitoral.

Gilson questionou João sobre creches no debate

Segundo colocado nas pesquisas, Gilson Machado (PL) parecia o mais ansioso com o debate. Por vezes, começou a falar antes mesmo de a mediadora Anne Barreto autorizar. E, mesmo com o microfone desligado, a voz vazava no estúdio. Na sua primeira pergunta, escolheu o prefeito João Campos e logo colocou a questão das creches no encontro Citou o relatório do Tribunal de Contas, que apresenta diversos problemas nos equipamentos, e questionou sobre o caso de uma creche criada após o fim da licitação.

“Mais uma vez escolhem o ataque e a mentira. Eles perderam 313 inserções por utilizarem informações falsas. Dupliquei as vagas em três modelos de creches. Agora, as crianças recebem cinco refeições, em horário integral”, destacou o prefeito, indagando se Gilson tinha lido as 69 páginas do edital, que justificava o episódio citado por Gilson. “Eu li”, disse o gestor.

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Candidato do PSD, Daniel Coelho também fez pergunta ao prefeito-candidato, mas sobre o tema sorteado, a questão do saneamento do Recife. Lembrou que a cidade só tem 49% da área saneada e que caiu no ranking dos municípios. João disse que a gestão fez “investimentos importantes” na área. Mas acabou atacando a Compesa, “que precisa ter um serviço melhor”. “De cada dez buracos do Recife, oito foram da Compesa”, colocou João, sem dar uma resposta efetiva para a pergunta.

“João enrolou e não respondeu a minha pergunta. Eles fazem promessas há anos e não cumprem. Prefere criticar a Compesa, esquecendo que foi o partido dele que entregou um péssimo serviço de abastecimento no governo Paulo Câmara, após 16 anos de governo do PSB”, disparou Daniel.

Apostando na ligação com o presidente Lula, a candidata da Federação Psol/Rede, Dani Portela, foi incisiva, principalmente quando foi questionada sobre a questão de armar a guarda municipal.

Ela destacou que, antes de armar, é necessário valorizar os profissionais, proporcionando melhores salários e condições dignas de trabalho. “Sou contra o armamento porque essas armas serão sempre apontadas para uma classe da sociedade, os jovens negros e de periferia”, colocou Dani Portela.

No final, todos candidatos se disseram satisfeitos com o resultado do debate. Ao eleitor, pouco acrescentou para a definição do voto. Se depender do encontro, ele continuará indeciso.

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