A Maersk, uma das maiores empresas de logística do mundo, que está na disputa por um novo terminal de contêiner no Porto de Suape, se pronunciou na tarde desta terça-feira (31) para dizer que aguarda os trâmites burocráticos da operação para que o novo terminal passe a integrar a ampla rede de terminais de contêineres da APM Terminals em todo o mundo.
A APM Terminals, da qual a Maersk faz parte, informou ao Movimento Econômico que confirma seu interesse na compra de parte da área do Estaleiro Atlântico Sul (EAS) no Porto de Suape com a intenção de estabelecer e operar ali um terminal de contêineres.
“A APM Terminals apresentou uma oferta vinculante ao EAS para atuar como um licitante stalking horse na aquisição de uma Unidade Produtiva Isolada (“UPI-B Cais Sul”), que compreende parte da área do estaleiro EAS, incluindo seu cais sul”, diz o comunicado.
A APM Terminals afirma que vê um grande potencial na região e isso também vai ao encontro do aumento da demanda dos clientes por serviços de terminais de contêineres em Suape. “Estamos profundamente convencidos de que nosso investimento contribuiria para o desenvolvimento de um terminal moderno e competitivo que reduziria significativamente os custos para os clientes, melhorando a eficiência e o nível de serviço, graças à mão de obra qualificada e à introdução de um padrão operacional inovador. O novo terminal faria parte da ampla rede de terminais de contêineres da APM Terminals em todo o mundo e também criaria inúmeras oportunidades para a comunidade local, principalmente em termos de geração de empregos diretos e indiretos”, diz a nota enviada à redação.
EA empresa diz que embora a intenção de comprar a área seja sólida, ainda está em processo de negociação de detalhes da futura transação com o EAS. A venda da área, segundo a APM Terminals estará condicionada ao êxito do leilão da UPI-B Cais Sul, no âmbito do processo de recuperação judicial do EAS, e ao cumprimento de determinadas condições precedentes (incluindo a aprovação das autoridades governamentais competentes).
Da mesma forma, a empresa diz que está discutindo paralelamente com o Estado de Pernambuco medidas específicas para viabilizar este projeto, bem como o cronograma de dragagem do canal de acesso e o giro na bacia necessário para acessar a área do estaleiro hoje.
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