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Olinda e Paulista elegem prefeitos, sob olhares atentos de Raquel Lyra e João Campos

Raquel Lyra levou apoio a Mirella, em Olinda, e Ramos. em Paulista, João Campos esteve ao lado de Vinicius e Junior Matuto Fotos Divulgação
Raquel apoia Mirella, em Olinda, e Ramos. em Paulista, João está com Vinicius e Junior Matuto Fotos: Divulgação

Dois dos maiores eleitorados de Pernambuco voltam às urnas neste domingo, numa eleição que, além de definir os futuros gestores de Olinda e Paulista, traz o resultado sobre o partido que conquistou mais municípios no Estado e finaliza a primeira etapa da disputa de 2026, quando a governadora Raquel Lyra (PSDB) disputará a reeleição, possivelmente contra o prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB). E os dois estiveram bem ativos neste segundo turno.

Fonte: TSE

Olinda e Paulista representam, respectivamente o 3º e o 6º maiores colégios eleitorais de Pernambuco e, juntas, têm 535.509 eleitores, sendo os dois únicos municípios pernambucanos a terem disputa em segundo turno. Para que tudo ocorra bem neste domingo, o Tribunal Regional Eleitoral mobilizou mais de 6 mil mesárias e mesários, que cuidarão de mais de 1,5 mil seções eleitorais, nas quais estarão distribuídas mais de 1,7 mil urnas eletrônicas.

Das duas disputas, uma, Paulista, de acordo com as pesquisas, já está resolvida, justamente a que coloca o PSDB, da governadora Raquel Lyra, como o partido que conquistou maior número de prefeituras de Pernnambuco, com uma a mais do que o PSB do prefeito João Campos. Caso Ramos confirme a vitória, os tucanos comandarão 32 municípios, contra 31 dos socialistas.

A outra cidade em que haverá disputa em segundo turno será Olinda, numa disputa que chega ao dia das eleições completamente indefinida. Assim como em Paulista, o segundo turno de Olinda teve a participação ativa de Raquel e João, tudo de olho em 2026.  Acompanhe como foi a movimentação nas duas cidades neste segundo turno.

Fonte: TSE

Em Paulista, tendência de vitória tucana

A abertura das urnas naquele 6 de outubro, quando foi realizado o primeiro turno da disputa, trouxe uma surpresa para o mundo político. Por pouco, o candidato do PSDB, Severino Ramos, não venceu de primeira. Ele conquistou 44,36 % dos votos válidos, quando são excluídos os brancos e nulos. Na segunda posição ficou o deputado estadual Junior Matuto (PSB), com 30,66 %. Ambos passaram para a nova etapa.

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Na largada do segundo turno, ocorreu a informação de que o prefeito reeleito do Recife, João Campos, iria alugar uma casa no Janga, para se dedicar, informação logo negada. Ciente de que a missão do PSB no município seria muito complicada, Campos não foi efetivo nos eventos do segundo turno. Foi apenas a uma caminhada em Jardim Paulista e preferiu manter uma distância regulamentar, para que a derrota não contaminasse a sua performance no Recife. No entanto, não tem como dissociar a imagem de Matuto à dele.

No campo político, pouco Matuto avançou. Não conseguiu alargar o seu palanque e viu o seu adversário, Ramos, correr solto, atraindo apoios e dando consistência à sua postulação.

O tucano conseguiu atrair para o seu palanque os candidatos a prefeitos que ficaram de fora do segundo turno, conquistou o apoio de vereadores, de suplentes e ganhou musculatura suficiente para abrir uma vantagem que chegou a 75% a 25%. No último levantamento, do Instituto e publicado no Diario de Pernambuco deste sábado, o tucano aparece com 69,19% dos votos válidos, contra 30,81% do socialista.

Com o cenário favorável, a governadora Raquel Lyra desembarcou três vezes em Paulista para reforçar a campanha de Ramos. E deve voltar mais uma vez neste domingo, para acompanhar o tucano na votação.

Fonte: TSE

Em Olinda, muitos ataques e cenário indefinido

Assim como em Paulista, as urnas surpreenderam a todos, principalmente entre o grupo do prefeito do prefeito Professor Lupércio (PSD), que bancou a candidatura de Mirella Almeida (PSD), e acreditou que ela chegaria na primeira posição, como indicavam as pesquisas. Mas, no apurado das urnas, o candidato do PT, Vinicius Castello, surpreendeu e conquistou 38,75%, contra 30,02%, da candidata do PSD.

No segundo turno, o petista recebeu uma chuva de apoios. Garantiu em seu palanque os candidatos Márcio Botelho (PP) e Antônio Campos (PRTB) e vários vereadores, que desembarcaram da candidatura de Mirella e aderiram a Vinícius.

Vinicius ganhou corpo, consolidou a candidatura e caminhava para uma vitória tranquila. Mas uma versão olindense de guerra conversadora invadiu contaminou a campanha e colocou em risco a caminhada de Vinicius. Tudo por causa de tweets antigos do candidato que vazaram e continham palavras de baixo calão. Para piorar, ele apagou a conta, o que potencializou as críticas ao petista. Os prints dos tweets circularam fortemente entre os grupos evangélicos de WhatsApp.

Ao mesmo tempo, ele mudou o tom de campanha. Ao invés das críticas à gestão do professor Lupércio, que tem uma rejeição no município superior a 60%, adotou u discurso mais ideológico, apostando no presidente Lula e, principalmente João Campos, que esteve duas vezes no município no segundo turno. No início e no encerramento da campanha de rua. A união de tudo isso quebrou o clima de euforia entre os aliados do petista.

Por outro lado, Mirella começou o segundo turno vendo o seu grupo murchando. Vários vereadores eleitos pularam do barco. O primeiro deles, o presidente da Câmara, Saulo Holanda. A sangria continuou durante quase todo o segundo turno. Mas conseguiu estabilizar, muito pelo apoio dos evangélicos e dos eleitores da direita, refratário ao PT.

A governadora Raquel Lyra entrou de corpo e alma na campanha de Mirella. Esteve por três vezes em Olinda, em eventos para potencializar o nome da aliada. Nas duas últimas, arregimentou prefeitos eleitos em outras cidades para dar corpo político a Mirella.

Todas as pesquisas apontam para empate técnico entre os dois candidatos em Olinda, com vantagem numérica para Vinicius. Mas todos acreditam que a definição se dará no dia da eleição, por quem conseguir virar mais votos na última hora.

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