Por Antônio Jorge Araújo Wilson Carnevalli Filho*
Em um mundo em constante evolução, a capacidade de se adaptar e reinventar é crucial para a sobrevivência e o sucesso de qualquer organização. A ABA Global Education, uma instituição sem fins lucrativos sediada em Recife, é um exemplo notável dessa resiliência e ousadia.
Com mais de três décadas de realizações e sucesso, a ABA é um Centro Binacional de excelência no Brasil, reconhecido pelo Governo dos EUA e pela sociedade em geral. Além disso, é uma das escolas de língua inglesa mais prestigiadas da região e a única na Região NE com ensino bilíngue credenciada pelo IB – International Baccalaureate, que significa Bacharelado Internacional um certificado de ensino com validade mundial.
Apesar de sua brilhante trajetória, o Conselho Deliberativo da ABA, sob a liderança de Ivon Pires Filho e Patrícia Menge, atuais presidente e vice-presidente do Conselho Deliberativo, percebeu que era hora de abordar e enfrentar o tema da sucessão. Sucessão na gestão e na governança da ABA. Sucessão na estratégia e no modelo de funcionamento da organização. Sucessão para assegurar a longevidade e o propósito da ABA.
Para dar consequência a essa decisão, o Conselho, em conjunto com os gestores, consultores especializados e advogados, estruturou um audacioso projeto de renovação da ABA. A intenção inicial era realizar um processo de transição gradual, incorporando inovações e aperfeiçoamentos, promovendo assim uma passagem para um novo modelo de gestão e governança, e um novo ciclo de desenvolvimento.
No entanto, o Conselho encontrou uma resistência interna muito mais intensa do que o esperado, o que o levou a acelerar e aprofundar o processo de mudança, resultando na substituição de toda a gestão superior da organização. Para assumir a Direção Geral da ABA, foi contratado um executivo do mercado. Em seguida, foi estabelecido um Núcleo Gestor, composto pelo Diretor Geral e por três Diretores selecionados internamente na organização.
Além dessa mudança na gestão, que foi bastante exigente, o processo de renovação prosseguiu e, recentemente, foi elaborada e implementada uma grande atualização na estrutura e no modo de funcionamento da governança na ABA, especialmente no Conselho. O Conselho reformulou o Estatuto, implantou um Comitê de Governança para aprimorar suas práticas e um sistema de mapeamento e matching de profissionais da sociedade com as necessidades atuais e futuras da ABA, de forma a garantir um processo consistente, profissional e impessoal de renovação das lideranças na Governança.
Como toda mudança, isso exigiu muito de todos, inclusive daqueles que tiveram de deixar a ABA. Agora, resta um grande desafio pela frente. A partir dessa reestruturação, contando com o apoio da comunidade interna e externa que faz acontecer e acompanha a ABA, inclusive o Consulado Geral dos Estados Unidos no Recife, o atual Núcleo Gestor e o Conselho renovado e ampliado deverão continuar investindo com firmeza para manter e aperfeiçoar as práticas de governança e gestão, preparando a ABA para seu novo ciclo de contribuições à sociedade. Tem tudo para fazer isso!
A jornada da ABA se destaca como uma lição de grande impacto, ilustrando que a mudança, mesmo permeada por desafios, é o catalisador essencial para o desenvolvimento das organizações. Com coragem, decisões firmes e ações assertivas, a ABA não está apenas se adaptando, mas está se consolidando para manter seu lugar de vanguarda no panorama educacional. E pode ser um exemplo a ser seguido por outras organizações.
*Antônio Jorge Araújo é associado honorário da ABA e Wilson Carnevalli Filho é consultor para Governança da ABA
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