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Ana Holanda: O que aprendi sobre a escrita nos negócios

Por Ana Holanda* Há sete anos, iniciei o trabalho da escrita afetuosa. Não teve um plano de negócios. Quando me dei conta, estava diante de uma sala lotada. Da mesma forma que as pessoas começaram a se interessar pelo meu curso, as empresas também. A palavra é mesmo poderosa. Demorei um tempo para entender qual […]

Por Ana Holanda*

Ana Holanda

Há sete anos, iniciei o trabalho da escrita afetuosa. Não teve um plano de negócios. Quando me dei conta, estava diante de uma sala lotada. Da mesma forma que as pessoas começaram a se interessar pelo meu curso, as empresas também. A palavra é mesmo poderosa. Demorei um tempo para entender qual caminho seguir para a construção de narrativas mais eficientes e humanas nos negócios. Gostaria de compartilhar as principais lições que aprendi sobre isso.

Você não está conversando com colaboradores. Claro que não são colaboradores, nem clientes ou pacientes, sequer consumidores. São pessoas. Sempre. Gente como eu e você, que pensa, sente, tem sonhos. E isso tem uma influência direta com a maneira como comunicamos. Basta lembrarmos que existe alguém do outro lado e dar a ele o olhar e atenção que precisa por meio das palavras.

Comunicação entre áreas diferentes. O olhar mais próximo não deve se voltar apenas para quem está fora. Dentro do próprio negócio também é comum nos tratarmos com uma distância fria. Palavras são danadas para criar muros. Quando não entendemos, não nos importamos.

A comunicação como estratégia de negócio. Certa vez, fui dar um treinamento para uma empresa que trabalha com cooperativismo. Antes, assisti alguns vídeos sobre o que faziam. Era um material muito bem feito, com textos incríveis, mas nenhum me explicava o que era cooperativismo. A forma de pensar e de se comunicar com seu público pode fazer toda diferença entre um negócio se expandir ou estagnar porque conversa apenas com um único grupo.

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Cada empresa, um treinamento. Não existe uma realidade única e, por isso, não dá para fazer um curso único. É preciso olhar caso a caso. Pode ser uma linguagem técnica demais, pode ser a falta de engajamento, pouca humanidade nas palavras. Sempre converso para entender qual a realidade de cada um, que lugar quer chegar, como a comunicação é trabalhada atualmente. E, a partir daí, penso no melhor formato, que pode ser um treinamento, uma série de treinamentos, mentorias. O resultado sempre aquece meu coração e me dá a sensação de que plantei mais uma sementinha no mundo.

Linguagem próxima sempre. Não importa o tamanho do seu negócio, a linguagem tem que ser próxima, tem que conversar, tem que olhar no olho, tem que ser mais humana sempre. É gente conversando com gente. Isso vale para um negócio de uma única pessoa ou para uma empresa de milhares de funcionários. O mundo está pedindo mais conversa próxima, mais escuta.

*Ana Holanda é escritora, professora e conduz pessoas e empresas pelo caminho de uma escrita mais humana

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