
Uma construtora do Rio Grande do Norte apresentou a menor proposta para executar as obras do trecho sul do Arco Metropolitano, empreendimento viário que promete transformar a infraestrutura logística da Região Metropolitana do Recife. A TCPAV Tecnologia em Construção e Pavimentação Ltda. ofereceu executar os serviços por R$ 629,9 milhões, o que representa um deságio de 15,36% em relação ao orçamento de referência, fixado em R$ 744,2 milhões. O resultado foi divulgado nesta sexta-feira (11), após a abertura dos envelopes com as propostas apresentadas na licitação.
O processo de concorrência eletrônica para a construção do Arco Metropolitano de Pernambuco, através do sistema compras.gov.br, contou com a participação de 29 empresas. As três menores propostas foram apresentadas por empresas do Rio Grande do Norte: TCPAV Tecnologia em Construção e Pavimentação LTDA, com R$ 629,9 milhões; Dois A Engenharia e Tecnologia LTDA, com R$ 631,9 milhões; e Construtora Luiz Costa LTDA, com R$ 650 milhões.
Participaram empresas de 10 estados brasileiros. Pernambuco teve a maior representação, com 10 empresas, seguido pelo Rio Grande do Norte, com 8, e São Paulo, com 4. Maranhão e Paraíba tiveram 2 empresas cada, enquanto Pará, Paraná, Ceará, Distrito Federal e Rio de Janeiro foram representados por uma empresa cada.
A diferença entre a menor proposta, apresentada pela TCPAV, e a maior, de R$ 755,18 milhões, feita pela RNL Trade and Facilities LTDA, foi de R$ 125,28 milhões. O processo segue em fase de análise de propostas. A economia obtida com a melhor proposta reforça o compromisso do Governo de Pernambuco com a eficiência no uso de recursos públicos. A próxima etapa envolve a análise técnica das propostas para posterior homologação e início da fase executiva da obra, prevista para os próximos meses.
Arco Metropolitano é promessa de várias gestões
Com 25,3 km de extensão, o trecho sul do Arco Metropolitano conectará a BR-232, em Moreno, à BR-101 Sul, no Cabo de Santo Agostinho, passando por áreas de Jaboatão dos Guararapes. O traçado foi definido como alternativa estratégica para aliviar o trânsito na BR-101, especialmente o tráfego de veículos pesados, além de oferecer uma rota logística mais eficiente para o escoamento de mercadorias.
A construção do Arco Metropolitano é um projeto concebido há mais de duas décadas, mas que enfrentou diversos entraves técnicos, ambientais e burocráticos. O atual avanço no processo licitatório é visto como uma resposta a antigas demandas de engenheiros, empresários e da população, que cobram melhorias estruturais na malha viária da RMR.
Segundo o Governo do Estado, o Arco Metropolitano terá impacto positivo na economia regional. Além de reduzir custos logísticos, a nova via deve atrair investimentos para o entorno e facilitar a instalação de centros de distribuição e empreendimentos industriais, aproveitando a proximidade com o Complexo de Suape e com a malha rodoviária federal.
O projeto também contempla medidas de mitigação ambiental, com atenção especial à Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe, por onde passa parte do traçado. Estão previstas ações compensatórias e exigências de licenciamento ambiental rigoroso, para assegurar que a obra respeite critérios de sustentabilidade.
A lista das empresas participantes está disponível neste link
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