O Nordeste terá o maior aporte de recursos públicos previsto para infraestrutura rodoviária e ferroviária neste ano, com R$ 6,1 bilhões. Em seguida vêm as regiões Sul (R$ 4,4 bilhões), Norte (R$ 3,7 bilhões), Centro-Oeste (R$ 2,3 bilhões) e Sudeste (R$ 1,2 bilhão).
Os números integram levantamento feito pelo governo federal incluindo as ações do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em 2024, o investimento previsto é de R$ 24 bilhões, quase dez bilhões mais do que foi disponibilizado em 2023: R$ 14,4 bilhões.
Em relação ao Nordeste, o volume previsto de investimentos na malha rodoviária federal é quase o dobro do ano passado, que foi de 3,7 bilhões. Em 2022, o investimento foi ainda menor: 1,9 bilhão. Os dados estão disponíveis no ComunicaBR, plataforma de transparência ativa do Governo Federal.
Por estado nordestino, a Bahia é o que receberá o maior volume de recursos, praticamente mais de um terço do que será destinado para toda a região: R$ 2,4 bilhões. Em seguida vêm o Maranhão, com R$ 866,5 milhões e Pernambuco, com R$ 670,2 milhões.
Piauí (R$ 587 milhões), Paraíba (R$ 423,6 milhões) Ceará (R$ 422,7 milhões), Alagoas (R$ 354 milhões), Rio Grande do Norte (R$ 340,2 milhões) e Sergipe (R$ 141,4 milhões) completam a lista.
Na Bahia se encontra uma das principais obras de infraestrutura viária incluídas no Novo PAC. Com investimento de R$ 117 milhões, a recuperação do trecho da BR-235/BA entre Campo Alegre de Lourdes e Remanso (BA) foi concluída em abril de 2024. Conhecida como “Rodovia do Vaqueiro”, a obra impacta 2 milhões de moradores na região norte do estado.
“Qualquer cidadão brasileiro, de qualquer cidade, se entrar no site ComunicaBR vai poder saber cada coisa que o Governo Federal faz em qualquer município desse país”, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 1º de julho, durante a inauguração do Lote 6 de duplicação e adequação de obras da BR-116, entre Santa Bárbara e Feira de Santana, na Bahia.
Construção e manutenção de rodovias federais no NE
O Rio Grande do Sul é a unidade da Federação com o maior volume de investimentos na infraestrutura de transportes em 2024, com R$ 2,88 bilhões aplicados na melhoria das rodovias e ferrovias federais que cruzam o estado. Na sequência, aparecem Bahia (R$ 2,4 bilhões), Pará (R$ 1,4 bilhão), Santa Catarina (R$ 1,2 bilhão) e Maranhão (R$ 866 milhões).
O investimento federal nas estradas do país levou o Brasil a alcançar o melhor Índice de Condição da Manutenção (ICM) da malha rodoviária desde o estabelecimento da atual metodologia, em 2016, pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Em maio de 2024, o ICM chegou a 70% de bom, contra apenas 12% de ruim ou péssimo.
O ICM é calculado a partir de levantamento de campo, buscando classificar cada segmento em quatro categorias: péssimo, ruim, regular ou bom. O cálculo do ICM é composto pelo Índice de Pavimentação – IP (panelas, remendos e trincas), que representa 70% do valor final, e pelo Índice de Conservação – IC (roçada, drenagem, sinalização horizontal e vertical), que representa os 30% restantes.
*Com informações do Ministério dos Transportes
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