
Sergipe e Pernambuco apresentaram os menores custos médios de construção civil do país em fevereiro de 2025, segundo levantamento do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com a Caixa Econômica Federal. O custo do metro quadrado em Pernambuco foi de R$ 1.603,44 e, em Sergipe, de R$ 1.603,65, os valores mais baixos entre todas as unidades da Federação.
O custo da construção civil no Nordeste como um todo também ficou abaixo da média nacional, com R$ 1.675,63/m², ante os R$ 1.803,90/m² do Brasil. A variação mensal da região foi de 0,21%, enquanto a do país foi de 0,23%. A parcela dos materiais representou R$ 1.010,01/m² e a da mão de obra, R$ 665,62/m².
No cenário nacional, o custo médio de construção civil em fevereiro foi composto por R$ 1.039,82 relativos aos materiais e R$ 764,08 relativos à mão de obra. Em janeiro, o custo havia sido de R$ 1.799,87/m², o que representa uma alta de R$ 4,03 no mês seguinte. No acumulado de 2025, a alta é de 0,67%, enquanto nos últimos 12 meses o índice acumula elevação de 4,39%.

Menores salários e material de construção disponível
Para o economista Rodrigo Rocha, do Instituto Euvaldo Lodi da Federação das Indústrias de Sergipe (FIES), os valores mais baixos têm relação com fatores como menores salários pagos na região e a disponibilidade de materiais de construção, o que reduz os custos com transporte. A existência de um número maior de empresas concorrentes e de políticas de incentivo também influencia.
Segundo análise do Observatório da Indústria da FIES, 59,7% do custo da construção se referem às despesas com materiais (R$ 956,95/m²) e 40,3% à mão de obra (R$ 646,70/m²). O custo com materiais teve aumento de 1,1% em relação a fevereiro de 2024 e queda de 1,2% na comparação com janeiro deste ano. Já os custos com mão de obra cresceram 7,6% em 12 meses e 1,8% sobre o mês anterior.
Entre as demais capitais do Nordeste, os maiores custos por metro quadrado foram registrados no Maranhão (R$ 1.739,10), Paraíba (R$ 1.732,48), Piauí (R$ 1.731,58), Rio Grande do Norte (R$ 1.706,25), Ceará (R$ 1.690,73), Bahia (R$ 1.677,79) e Alagoas (R$ 1.630,25). Fora da região, os maiores custos médios ocorreram em Santa Catarina (R$ 2.039,26), Roraima (R$ 1.992,64) e Rondônia (R$ 1.990,70).
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