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Mulheres em STEM: o desafio da equidade nas carreiras do futuro

No Recife e em São Paulo há iniciativas inclusivas para as mulheres
Da Redação ME
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Mulheres
Liderança das mulheres nas áreas de STEM seguem em desvantagem/Foto: divulgação

O avanço da tecnologia tem impulsionado a demanda por profissionais qualificados nas áreas de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), mas a participação feminina nesses setores ainda é limitada. Apesar de algumas conquistas, as mulheres continuam sendo minoria em um campo essencial para a inovação e o crescimento econômico.

A necessidade de ampliar a presença feminina em carreiras tecnológicas é evidenciada pela quinta edição do relatório “Futuro do Trabalho”, produzido pelo Fórum Econômico Mundial e pela Fundação Dom Cabral (FDC). O estudo, realizado em 55 países, destaca que profissões ligadas à tecnologia estarão entre as mais requisitadas entre 2025 e 2030. No entanto, a ocupação de cargos estratégicos e de liderança por mulheres segue em desvantagem quando comparada à dos homens.

Para transformar esse cenário, empresas e organizações têm investido em iniciativas que estimulam a inclusão feminina. Programas de capacitação, mentorias, hackathons exclusivos para mulheres e bolsas de estudo para cursos em STEM são algumas das estratégias adotadas para incentivar a participação feminina e reduzir as desigualdades estruturais no setor.

“A inclusão de mulheres nessas áreas vai além da diversidade. Ela traz inovação, competitividade e soluções mais eficientes para os desafios do mercado. Empresas que valorizam a equidade de gênero têm um desempenho mais sustentável e criativo”, afirma Eliane Aere, Presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos – Seccional São Paulo (ABRH-SP).

Por meio do movimento LIFE, a ABRH-SP promove debates, eventos e conteúdos voltados para a equidade de gênero, incentivando a presença feminina em posições de liderança. A iniciativa também busca engajar empresas na adoção de políticas mais inclusivas, reforçando o compromisso com um ambiente corporativo mais diverso e acessível.

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Porto Digital e o Projeto MINAs

No Recife, o Porto Digital, reconhecido como um dos principais parques tecnológicos do Brasil, desenvolve o projeto Mulheres em Inovação, Negócios e Artes (MINAs). Esta iniciativa visa aumentar a participação feminina nos setores de tecnologia e economia criativa por meio de ações de formação estudantil, qualificação profissional e apoio ao empreendedorismo feminino. O MINAs oferece clubes de programação para alunas do ensino médio, cursos técnicos e mentorias para profissionais, além de suporte a empreendedoras na região do Agreste pernambucano.

Além do MINAs, o Porto Digital promove outras ações para fortalecer a inclusão feminina no setor tecnológico:

  • Vem Pra Dados, Mulher!: Em parceria com a Télos, este projeto busca capacitar mulheres em análise de dados, oferecendo formação técnica e habilidades socioemocionais. Empresas como a Neurotech já patrocinam turmas, demonstrando o compromisso do setor privado com a diversidade.
  • TECeM: Em colaboração com a Mondelēz, o Porto Digital lançou o Programa de Aceleração para Negócios Liderados por Mulheres (TECeM). O objetivo é qualificar empresárias, aprimorando seus modelos de negócio e estratégias de mercado, fortalecendo a presença feminina no empreendedorismo tecnológico.
  • Embarque Digital: Este programa oferece formação superior em tecnologia para estudantes da rede pública, destinando 50% das vagas a pessoas negras ou pardas, com prioridade para mulheres. A iniciativa visa ampliar a diversidade e inclusão no setor de TI.

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