
A matriz energética brasileira registrou o maior acréscimo desde 2016, com 10.853,35 MW adicionados em 2024, segundo dados oficiais da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A expansão verificada é a maior registrada pela Aneel desde o início da medição, em 1997, e ultrapassou em 747,35 MW a meta definida pela Agência para 2024, que era de 10.106 MW. Entre os estados com mais usinas instaladas no ano, os destaques, em ordem decrescente, foram Minas Gerais (3.173,85 MW), Bahia (2.408,67 MW) e Rio Grande do Norte (1.816,38 MW).
Estados do Nordeste tiveram participação de destaque, somando mais de 7 mil MW de nova capacidade instalada, o que representa 68% do total nacional. A expansão foi impulsionada, sobretudo, pelas fontes renováveis, com destaque para as usinas eólicas e solares fotovoltaicas, responsáveis por 91,13% do crescimento.
A Bahia liderou entre os estados nordestinos, com 2.408,67 MW adicionados à matriz, seguida por Rio Grande do Norte (1.816,38 MW) e Piauí (1.168,03 MW). Esses estados se destacaram tanto pela disponibilidade de recursos naturais, como ventos constantes e alta incidência solar, quanto pela infraestrutura e políticas de incentivo ao setor.
No total, 301 usinas entraram em operação no Brasil ao longo do ano, sendo 268 delas de fontes eólica ou solar. Esse avanço reforça a posição do país como referência em energia limpa. De acordo com especialistas, o Nordeste consolida sua liderança no setor renovável, atraindo investimentos nacionais e internacionais.
O desempenho do setor em Pernambuco, com 654,51 MW, e na Paraíba, com 383,40 MW, ilustra a ampliação do mapa energético no Nordeste. Estados como Ceará (349,25 MW) também apresentaram crescimento expressivo.
Matriz elétrica diversa e desenvolvimento regional
Em 7 de janeiro, o Brasil somou 208.930,5 MW de potência fiscalizada, de acordo com dados do Sistema de Informações de Geração da ANEEL, o SIGA, atualizado diariamente com dados de usinas em operação e de empreendimentos outorgados em fase de construção. Desse total em operação, ainda de acordo com o SIGA, 84,95% das usinas são consideradas renováveis.
O ano de 2024 também quebrou recorde quanto ao número de usinas instaladas: foram 301 novas plantas em 16 estados brasileiros. Desse total, 91,13% da potência instalada é proveniente das fontes solar fotovoltaica (51,87%) e eólica (39,26%).
Entre as novas usinas implantadas no ano, estão 147 solares fotovoltaicas (5.629,69 MW), 121 eólicas (4.260,57 MW), 22 termelétricas (906,70 MW), nove pequenas centrais hidrelétricas (51,80 MW) e duas centrais geradoras hidrelétricas (4,60 MW).
Entre os estados com mais usinas instaladas no ano, os destaques, em ordem decrescente, foram Minas Gerais (3.173,85 MW), Bahia (2.408,67 MW) e Rio Grande do Norte (1.816,38 MW).
A ampliação da capacidade instalada reflete diretamente no desenvolvimento econômico e social da região. Segundo o Ministério de Minas e Energia, os novos empreendimentos contribuíram para a geração de empregos locais e a diversificação econômica nos estados beneficiados. Além disso, a maior oferta energética no Nordeste tem potencial para impulsionar indústrias e serviços, consolidando a região como um hub estratégico no setor.
O Nordeste desempenha papel central nos planos nacionais para ampliar a matriz energética com foco na sustentabilidade. A tendência é que a região continue a liderar a transição energética no Brasil, com projetos inovadores que unem tecnologia, meio ambiente e geração de renda para as comunidades locais.
*Com informações da Agência Gov
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