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Braskem inicia operações de cabotagem no porto baiano de Aratu

A primeira operação da Braskem ocorreu no último dia 27 de setembro e transportava propeno da Bahia para o Porto do Rio de Janeiro
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Tripulação da Braskem no navio Costa do Futuro, que realizou a primeira operação de cabotagem da empresa. Foto: Divulgação/Braskem

A Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, deu início às operações com frotas próprias de cabotagem após obter autorização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) para atuar como Empresa Brasileira de Navegação (EBN).

A primeira rota foi inaugurada entre a Bahia e o Rio de Janeiro com o navio Costa do Futuro, que transportou 4.900 toneladas de propeno do Porto de Aratu, em Candeias, até o porto carioca.

A operação, ocorrida no último dia 27 de setembro, representa uma economia anual estimada em R$ 10 milhões e uma redução de 1.800 toneladas de emissões de CO₂, segundo a empresa. A iniciativa faz parte de uma estratégia que busca contornar gargalos logísticos, melhorar a competitividade e trazer maior autonomia para a empresa.

Eduardo Ivo Cavalcanti, gerente de logística da Braskem, explica que a operação de cabotagem estava em planejamento há alguns anos, o que reflete o compromisso da companhia com uma operação sustentável e eficiente.

“Esse é um marco para a Braskem, pois há mais de quatro anos planejávamos ter nossa própria gestão de cabotagem. Com isso, vamos aumentar a nossa eficiência logística, área estratégica para o negócio, além de diminuir a emissão de gases do efeito estufa no meio ambiente, conquistando uma operação cada vez mais eficiente e sustentável”.

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Em suas redes sociais, Ivo chamou a novidade ainda de “um novo marco nas Operações Logísticas da Braskem”, além de afirmar que a cabotagem no Brasil, agora, “tem uma rota de crescimento”.

Contexto

A companhia só conseguiu se tornar uma EBN após a flexibilização da Lei 4199/20, que instituiu o Programa BR do Mar, que visa o incentivo à cabotagem. A nova legislação permitiu que empresas como a Braskem obtivessem o status de EBN sem a necessidade de possuir embarcações próprias.

Antes disso, a companhia utilizava navios estrangeiros, o que exigia saídas regulares do país para renovação de vistos da tripulação internacional. Agora, com duas turmas de tripulação brasileira de 16 pessoas cada, a Braskem fortalece o mercado de trabalho local.

O próximo passo da Braskem é a construção de navios próprios para uso nacional e internacional. A primeira embarcação da companhia tem entrega prevista para janeiro de 2025, além de mais um navio que será entregue em março. Ambas embarcações são destinadas ao comércio exterior.

Outros dois navios, também já encomendados, deverão ser concluídos até 2026, com novos estudos sendo realizados para construção de embarcações específicas para cabotagem nacional, em um horizonte de três anos.

Ter os próprios navios é algo que “nos torna um player no transporte marítimo brasileiro e mundial, permitindo que ofereçamos serviços para companhias parceiras”, pontua Ivo.

Braskem

A Braskem opera em 40 unidades industriais no Brasil, EUA, México e Alemanha e possui portfólio voltado para soluções sustentáveis em química e plásticos.

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