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França convida Recife para aliança da ONU contra aumento do nível do mar

O convite para integrar o grupo da ONU foi formalizado pelo embaixador da França Olivier Poivre d'Arvor, que se reuniu com João Campos na tarde desta quarta-feira (23)
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Recife é a 16ª posição da lista de cidades mais afetadas no mundo pelo avanço do mar. Também integram a colisão da ONU as cidades de Nova York, Xangai e Jakarta. Foto: Reprodução/PCR

A convite do presidente da França, Emmanuel Macron, Recife, capital pernambucana, vai passar a integrar a Ocean Rise & Coastal Resilience Coalition, uma aliança global de cidades que serão afetadas pelo aumento do nível do mar devido às mudanças climáticas.

Na tarde desta quarta-feira (23), o prefeito do Recife, João Campos (PSB), aceitou o convite, que foi formalizado através da visita do embaixador francês Olivier Poivre d’Arvor, enviado especial de Macron.

Além de Recife, já fazem parte da coalizão as cidades de Nova York, nos Estados Unidos; Xangai, na China; e, Jakarta, na Indonésia. A criação do grupo foi anunciada no One Planet Summit de 2023 e será oficialmente lançada em um evento especial durante a Terceira Conferência dos Oceanos das Nações Unidas (UNOC-3), que ocorrerá de 9 a 13 de junho do próximo ano.

Em março deste ano, a Prefeitura do Recife lançou licitação de R$ 4,19 milhões para combater o avanço do mar na cidade.

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O convite para integrar o grupo da ONU foi formalizado pelo embaixador da França Olivier Poivre d’Arvor, que se reuniu com João Campos na tarde desta terça (23). Foto: Edson Holanda/PCR

Conferência dos Oceanos da ONU

Durante o encontro Campos afirmou que a participação do Recife na aliança é fundamental para que a cidade, além de se preparar, esteja na linha de frente das discussões internacionais sobre resiliência costeira e captação de recursos para projetos ambientais.

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“Estamos comprometidos em proteger nossas áreas costeiras e buscar soluções concretas que garantam a segurança e a sustentabilidade de nossa população frente às mudanças climáticas.”

O gestor detalha que um dos pontos centrais da operação de crédito do Recife com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) é “exatamente a contratação de projetos para que a cidade possa enfrentar os eventos climáticos, por conta da suscetibilidade ao aumento do nível do mar.”

O BID aprovou um crédito de R$ 1,3 bilhão para a Prefeitura do Recife em agosto de 2023.

O embaixador francês também convidou Campos para representar a capital pernambucana no congresso da ONU, em junho do próximo ano. Na reunião, vão ser discutidas alternativas de financiamento e medidas de adaptação para cidades e regiões vulneráveis ao aumento do nível do mar.

O convite aceito para integração ao grupo representa para a Prefeitura do Recife “protagonismo nas discussões sobre a preservação do meio ambiente e na busca por soluções para os desafios impostos pelas mudanças climáticas nas cidades costeiras.”

Avanço do mar em Recife

Na 16ª posição da lista de cidades mais afetadas no mundo pelo avanço do mar e pelas mudanças climáticas, as intervenções pretendidas pela prefeitura serão feitas em uma extensão de quase dez quilômetros, abrangendo as praias de Brasília Teimosa, Pina e Boa Viagem. A iniciativa faz parte do projeto Orla Parque, que visa modernizar um dos principais cartões-postais da cidade.

O projeto Orla Parque, além de combater o avanço do mar, visa requalificar toda a orla da capital pernambucana, transformando-a em um grande parque linear. Entre as melhorias previstas estão a criação de centralidades, melhorias na segurança e iluminação, construção de novos banheiros, reforma do calçadão e aumento da área verde.

A área a ser abrangida pelos estudos compreende toda a faixa de areia das praias, desde as proximidades com a Rua Dr. Arlindo dos Santos Maciel até o final da Brasília Teimosa, totalizando cerca de 9,3 km de extensão. O objetivo é identificar soluções para conter o avanço do mar e promover a recuperação dessas áreas públicas, onde a redução da faixa de areia compromete a infraestrutura urbana.

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