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Cervejaria Petrópolis amplia produção para matar a sede do nordestino

Grupo Petrópolis Itapissuma produção cerveja paladar nordestino
A unidade pernambucana produz cerveja mais adaptadas ao paladar nordestino, além de abastecer também a região Norte. Foto: Paulo Goethe/ME

O Grupo Petrópolis está ampliando sua operação na unidade de Itapissuma, em Pernambuco. No primeiro semestre deste ano, a unidade teve aumento de 5% na produção, em comparação ao mesmo período de 2023, para atender à crescente demanda no mercado do Norte-Nordeste, região que se destaca como uma das principais consumidoras dos produtos da marca. A fábrica, que em abril de 2025 comemorará dez anos do seu primeiro processo de envase, tem uma capacidade instalada de 725 mil hectolitros, produzindo marcas como Itaipava e Petra Puro Malte, além das linhas Cabaré e Cristal Ice.

A operação da unidade pernambucana se intensifica nos períodos de maior consumo, como final de ano, carnaval e São João, quando a produção atinge sua capacidade máxima para suprir a demanda por cervejas pilsen e puro malte, que estão entre as preferidas do consumidor nordestino, que tradicionalmente opta por rótulos mais suaves.

Segundo o gerente geral da fábrica do Grupo Petrópolis em Pernambuco, Paulo Galan, a fábrica de Itapissuma conta atualmente com uma média de 100 carretas por dia para distribuir seus produtos na região, atendendo os estados de Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Maranhão e Piauí. O Ceará é abastecido também pela fábrica de Alagoinhas, na Bahia, que ainda leva os produtos da empresa para Sergipe. Mas a unidade de Pernambuco também fornece cerveja e bebidas não alcoólicas para os estados da região Norte.

Além da expansão da produção, a cervejaria integrou recentemente a estratégia de distribuição da Vold X, uma cerveja sem glúten, adicionando mais uma opção ao portfólio da Petrópolis. A planta de Itapissuma também prepara a operação de uma nova linha de engarrafamento de água, com início previsto para 2025, ampliando a diversidade de produtos fabricados na unidade.

Com 700 colaboradores diretos e 300 terceirizados, a unidade de Itapissuma é estratégica para o Grupo Petrópolis, garantindo a distribuição de seus principais produtos para o mercado regional. Segundo levantamento do BTG Pactual, a empresa conquistou uma fatia significativa do mercado ao manter preços mais baixos em comparação aos seus principais concorrentes, como Ambev e Heineken.

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Essa abordagem mais acessível foi determinante para o crescimento de 60% no consumo de cervejas da Petrópolis entre abril e agosto deste ano. As marcas populares da companhia, como Itaipava, têm desempenhado um papel central nessa estratégia de preços competitivos, ampliando sua presença especialmente no Norte-Nordeste.

O Grupo Petrópolis é a única grande empresa do setor cervejeiro com capital 100% nacional. Produz as marcas de cerveja Itaipava, Petra, Black Princess, Cacildis, Cabaré, Weltenburger, Crystal e Lokal; a cachaça Cabaré; a vodca Nordka; os coquetéis prontos Cabaré Ice e Blue Spirit Ice; os energéticos TNT Energy Drink e Magneto; os refrigerantes It!, Tik Tok e a Tônica Petra; o suplemento alimentar líquido TNT Sports Drink; e a água mineral Petra. O grupo possui oito fábricas em seis estados e mais de 160 Centros de Distribuição em todo o País, sendo responsável pela geração de mais de 20 mil empregos diretos.

Concorrência no mercado nordestino

Mas a competição pela sede do nordestino é acirrada. Em setembro, a Diretoria Colegiada da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) aprovou incentivos fiscais de R$ 546,9 milhões para a fábrica de cervejas da Ambev, também localizada no município pernambucano de Itapissuma.

Inaugurada em março de 2014, a Ambev pernambucana é a maior unidade de fabricação de cervejas e refrigerantes das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, sendo também polo de produção de levedura para todo o país. No ano passado, passou a ser também líder na fabricação de cervejas zero nessas regiões.

Leia mais: No mapa da cerveja, NE faz pouca espuma e cresce 1,7% no país

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