Sua fonte de informação sobre os negócios do Nordeste

Sua fonte de informação sobre os negócios do Nordeste

SE terá duas plataformas flutuantes para extração de petróleo e gás

Petrobras pretende adotar o modelo BOT (construção, operação e transferência, na sigla em inglês) para as duas plataformas que operarão em novo campo de águas profundas de Sergipe
Plataformas flutuantes exploração petróleo gás Sergipe
As plataformas não apenas farão a extração de petróleo e gás, mas também o armazenamento e transferência. Foto: Petrobras/Divulgação

Duas plataformas irão operar no Projeto Sergipe Águas Profundas (SEAP), com capacidade de produzir 240 mil barris de petróleo e 22 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. O anúncio foi feito pela Petrobras durante o Rio Oil & Gas 2024. As unidades se chamarão SEAP I e SEAP II, e serão FPSOs (Floating Production Storage and Offloading), que significa que elas ficarão localizadas no mar e servirão não apenas para a produção, mas também para o armazenamento e transferência dos combustíveis.

O SEAP, que pretende iniciar suas operações em 2028, é um projeto para a exploração de uma nova fronteira de petróleo e gás natural em bacias descobertas em águas ultraprofundas na costa sergipana. A Petrobras escolheu o modelo BOT (Build, Operate, Transfer) pela ausência de ofertas para licitação do afretamento, que teve data limite para apresentação de propostas postergada três vezes.

A escassez de crédito na Europa e Ásia – principais financiadores deste tipo de contrato – é uma das causadoras dessa situação, que influenciaram na baixa viabilidade do contrato. “O afretamento traz à tona essa questão do baixo financiamento da Europa e Ásia. O BOT reduz o investimento, que fica por nossa conta, e depois nós mantemos a produção. Já fizemos isso no passado e dá mais segurança para as empresas”, afirmou Sylvia Anjos, diretora de Exploração e Produção da Petrobras.

O BOT funciona da seguinte forma: o operador de campo (Petrobras) custeia a construção das unidades de produção à medida que forem sendo erguidas. Ao fim das obras, a propriedade das unidades produtoras é transferida à estatal, entretanto o vencedor da licitação irá operá-las durante um período delimitado, que pode variar de três a cinco anos. Após esse tempo, a operação passa para a própria Petrobras.

“A decisão da Petrobras de adotar o modelo BOT é uma garantia importante para a viabilidade do Projeto Sergipe Águas Profundas e demonstra o compromisso da estatal com a execução do projeto, que será um marco para o desenvolvimento do setor energético em Sergipe”, declarou o secretário-executivo da Sedetec, Marcelo Menezes.

- Publicidade -

Como são as plataformas

A primeira unidade (SEAP I) terá capacidade de produzir 120 mil barris de petróleo por dia e 10 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Já a segunda unidade (SEAP II) terá capacidade de 120 mil barris de petróleo por dia e 12 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Além disso, o projeto contará com um gasoduto de escoamento com 128 km de extensão, sendo 100 km no mar e 28 km em terra.

*Com informações do Governo de Sergipe

Leia mais: Petrobras descobre petróleo em águas ultraprofundas entre CE e RN

- Publicidade -
- Publicidade -

Mais Notícias

- Publicidade -