O Governo de Pernambuco vai instalar 43 estações compactas de tratamento de água com tecnologia de ultrafiltração em todas as regiões do Estado. O investimento será superior a R$ 300 milhões. As estações podem ser montadas dentro de um contêiner e isso contribui para que a instalação seja rápida e mais econômica. A iniciativa vai beneficiar 1,2 milhão de pessoas.
As estações têm capacidade de tratar 2.700 litros de água por segundo. Para o leitor ter ideia, o maior sistema de abastecimento de Pernambuco é o de Pirapama, no Cabo de Santo Agostinho, que tem a capacidade de tratar 5 mil litros de água por segundo.
A previsão é que os primeiros equipamentos sejam instalados durante o primeiro trimestre de 2025. “É mais um passo que damos em direção ao nosso compromisso de ampliar o abastecimento de água em Pernambuco. Serão mais de um milhão de pessoas beneficiadas por uma iniciativa que vai atender 43 municípios. Vamos conseguir ampliar a oferta de água, eliminando ou diminuindo o rodízio em localidades em que a dificuldade no abastecimento é um problema antigo”, afirmou a governadora Raquel Lyra (PSDB).
As estações compactas utilizam membranas que retêm partículas finas, micróbios, reduzindo a turbidez (da água) por meio do sistema de ultrafiltração. Este tipo de Estação de Tratamento de Água (ETA) possui diversas vantagens em relação ao equipamento tradicional. Uma delas é o fato de ser modular e instalada dentro de um contêiner, facilitando a logística de transporte e instalação. Isso também permite ainda maior flexibilidade caso seja necessário o remanejamento das unidades para eventual utilização em outra região do Estado.
Estas estações de tratamento ainda utilizam menos água no processo de retrolavagem, que é a lavagem dos filtros realizada com frequência nas estações de tratamento tradicionais.
Estações vão complementar sistemas em construção
O governo não informou quais os municípios receberão as ETAs compactas, mas adiantou que elas atuarão de forma integrada com outros sistemas de abastecimento, que estão em execução pela Compesa, como as adutoras do Agreste, do Alto Capibaribe e de Serro Azul, todas no interior do Estado.
Em Caruaru, o avanço das obras da Adutora do Agreste vai resultar no incremento de 600 litros por segundo na vazão de água para aquele município e a Compesa está planejando a instalação de uma ETA, neste caso, de dupla filtração.
O presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Alex Campos, disse que “a instalação dessas estações representa um avanço muito importante para a Compesa em seu compromisso de levar mais água aos pernambucanos. Tudo isso de forma ainda mais rápida, pois são unidades que necessitam de poucas intervenções para instalação e funcionamento”.
Leia também
Stellantis vai fazer biocarvão de casca de café e pesquisa outras biomassas
Gasodutos da Copergás chegam a Nazaré da Mata (PE) até o final de 2024
