Sua fonte de informação sobre os negócios do Nordeste

Sua fonte de informação sobre os negócios do Nordeste

Matriz elétrica brasileira tem incremento recorde de 5,7 GW

Nova marca inédita de expansão de capacidade instalada é do período entre janeiro e junho e a melhor dos últimos 27 anos. Maior parte da matriz elétrica vem de fontes renováveis
Expansão da matriz elétrica brasileira energia solar usinas fotovoltaicas
Dez novas usinas fotovoltaicas ajudaram na melhoria da oferta da matriz elétrica brasileira no primeiro semestre deste ano. Foto: MME/Divulgação

O primeiro semestre de 2024 fechou com incremento de 5,7 Giga watts (GW) de potência instalada na matriz elétrica brasileira. Apenas em junho o aumento foi de 889,51 megawatts (MW) de potência instalada, com operação de 27 novas usinas, sendo 13 eólicas, 10 fotovoltaicas e 4 termelétricas. Neste mês, o Nordeste foi o responsável por mais da metade da nova energia que entrou no sistema, com 520 megawatts (MW) em três estados: Bahia (252 MW), Rio Grande do Norte (152,21 MW) e Paraíba (116 MW).

O aumento representa um recorde dos últimos 27 anos, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME). Segundo a agência, o crescimento foi puxado pelas 168 novas usinas que entraram em operação nesse período.

“Esses números comprovam que o nosso planejamento do setor elétrico tem alcançado resultados positivos para garantir a segurança elétrica nacional, aproveitando todas as nossas potencialidades do Brasil, especialmente nas matrizes de fontes renováveis, como a solar, eólica e de biomassa”, diz o ministro Alexandre Silveira.

A meta de crescimento da geração de energia elétrica do país para este ano é de 10,1 GW. O ano de 2023 encerrou com um acréscimo de 10,3 GW na matriz elétrica, mesmo tendo um primeiro semestre com crescimento menor do que neste ano.

De acordo com a ANEEL, atualmente as maiores fontes renováveis que compõem a matriz de energia elétrica centralizada são: hídrica, 53,88% do total; eólica, com 15,22%; e de biomassa, representando 8,31%. Já das fontes não renováveis, as maiores são: de gás natural, com 8,78%; de petróleo, representando 3,92%; e carvão mineral, equivalente a 1,7%. As informações passaram a ser compiladas na agência em 1997, ano em que a entidade foi criada.

- Publicidade -

No MME, a base de dados leva também em conta os compilados de Micro e Minigeração Distribuída, a chamada MMGD. No caso da energia solar, por exemplo, sem levar em consideração a MMGD representa 6,1% de toda energia de toda a capacidade instalada de geração. Já adicionando MMGD, sobe para 19%.

Capacidade instalada da matriz elétrica

Até o início do mês de julho o Brasil já somou 203,9 GW de potência fiscalizada centralizada, sendo 85% de fontes renováveis. Os dados constam Sistema de Informações de Geração (SIGA) da ANEEL, que são atualizados diariamente com informações das usinas em operação e de empreendimentos outorgados em fase de construção.

O Nordeste contribui com 60,86 GW da potência fiscalizada, o que representa quase um terço da produção de energia em vigor no Brasil, com 4.114 fontes diferentes de geração de energia. A Bahia (19,15 GW) e o Rio Grande do Norte (11,67 GW) despontam como os maiores estados produtores da região, seguidos de longe por Piauí (6,4 GW), Pernambuco (5,62 GW), Ceará (5,56 GW), Sergipe (4,89 GW), Maranhão (4,36 GW), Paraíba (2,39 GW) e Alagoas (0,78 GW).

Também no primeiro semestre deste ano o Brasil contou com uma capacidade instalada de MMGD de 30,6 GW. Até o final de junho 2024 houve uma expansão de 4,4 GW, sendo ele o mês responsável pela expansão de 680 MW no total.

Leia mais: Entrevista: Marcos Madureira diz que energia vai ficar mais cara com novos subsídios

- Publicidade -
- Publicidade -

Mais Notícias

- Publicidade -