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Petrobras deve rever política de preços nesta semana

Em um comunicado emitido neste domingo (14), a Petrobras confirmou que, no início desta semana, serão discutidas alterações em sua política de preços.
Petrorbas
Petrobras comunica mudaças/Foto:ABR

Em um comunicado emitido neste domingo (14), a Petrobras confirmou que, no início desta semana, serão discutidas alterações em sua política de preços. Na última sexta-feira, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já havia adiantado, sem dar detalhes, que a companhia anunciaria nova estratégia comercial de preços dos combustíveis nesta semana.

A nota da Petrobras diz que as mudanças “serão analisadas pela diretoria executiva da companhia e poderão resultar em uma nova estratégia comercial para definição de preços de diesel e gasolina”.

Segundo a estatal, as mudanças podem impactar os valores do diesel e da gasolina. “A companhia esclarece que eventuais mudanças serão pautadas em estudos técnicos, em observância às práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis. Fatos julgados relevantes sobre o tema serão tempestivamente divulgados ao mercado”, diz a nota.

“Paridade internacional não existe. O que existe é paridade de importação. Não vamos perder venda, teremos preço atrativo para clientes”, defendeu presidente da Petrobras, Jean Paul Prates na sexta-feira passada, admitindo que haveria chances de reajuste nesta semana.

Critérios da Petrobras

Segundo Prates, o atual critério dos preços vai ser de estabilidade versus volatilidade. “Não precisamos voltar ao tempo em que não houve nenhum reajuste, como em 2006 e 2007, mas também não precisamos voltar à maratona de 118 reajustes no ano em um único combustível, como em 2017, o que levou à greve dos caminhoneiros”, disse, durante a entrevista.

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Prates já havia dito, por diversas vezes, que pretendia reavaliar a Política de Paridade de Importação (PPI), que vincula os preços internos dos combustíveis ao mercado externo. A ideia, segundo disse, era aumentar a presença da produção interna na matriz de cálculo dos produtos. Atualmente, o valor do combustível segue a cotação do petróleo, em dólares, no mercado internacional. Isso significa que a valorização do barril de petróleo e/ou da moeda norte-americana acabam gerando reajustes nos preços dentro do Brasil.

Jean Paul Patres, presidente da Petrobras
Jean Paul Patres, presidente da Petrobras/Foto: ABR

Adotada para reverter o vultoso endividamento da Petrobras gerado pelo escândalo do “petrolão”, a PPI sempre foi criticada cada vez que os preços dos combustíveis aumentavam. O então presidente Jair Bolsonaro (PL) nunca poupou críticas à Petrobras, no que foi seguido pelo sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Durante a campanha eleitoral, Lula afirmou que petendia “abrasileirar” o preço da gasolina caso fosse eleito. “Eu quero dizer em alto e bom som. Eu sei que o mercado fica nervoso quando eu falo, mas eu quero que eles pensem o seguinte: nós vamos abrasileirar o preço da gasolina. O preço vai ser brasileiro, porque os investimentos são feitos em reais. A gente vai tirar gasolina, vai aumentar a capacidade de refino”, afirmou.

Segundo Lula, não tem sentido o Brasil adotar as cotações internacionais para definir o preço dos combustíveis internamente. “Se o Brasil tivesse que importar petróleo, tudo bem que a gente está importando a preço internacional. O que esses malandros fizeram? Esses malandros estão destruindo a Petrobras, fatia por fatia. Na hora que eles privatizaram a BR (Distribuidora), apareceram nesse país 432 empresas que estão importando gasolina dos Estados Unidos, importando a preço do dólar. E aí o preço é internacional. Aí quem paga é o nosso companheiro com o carro, que tem um caminhão, são os caminheiros brasileiros, são os pobres que têm um carro”, declarou.

*Com Agência Brasil

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