Entidades que representam indústria, comércio, serviços e setor bancário divulgaram notas em que repudiam as invasões criminosas de vândalos às sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ocorridas ontem (8), em Brasília. No texto emitido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é reforçado o compromisso com os valores do Estado Democrático de Direito.“A confederação confia na apuração e punição dos responsáveis pelos crimes praticados contra a decisão manifestada nas urnas pela sociedade brasileira”, diz a nota.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) defendeu punição exemplar ao que classificou como ‘atos terroristas’. “O Brasil elegeu seu novo presidente da República democraticamente, pelo voto nas urnas. A vontade da maioria do povo brasileiro deve ser respeitada e honrada. Tais atos violentos são manifestações antidemocráticas e ilegítimas que atacam os três Poderes de maneira vil. O governo e as instituições precisam voltar a funcionar dentro da normalidade, pois o Brasil tem um desafio muito grande de voltar a crescer, gerar empregos e riqueza e alcançar maior justiça social”, afirmou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, que assina a nota.
A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) disse que “as cenas de desordem e quebra-quebra causaram profunda perplexidade institucional, que exigem firme reação do Estado. Com mais de meio de século de existência, a Febraban, integrante da institucionalidade do país, repudia com veemência as agressões ao patrimônio público nacional e a violência contra as instituições que representam o Estado Democrático de Direito”.
A Associação Brasileira de Franchising (ABF) repudiou “de forma veemente” e classificou como “inaceitáveis” as cenas de agressões às instituições e ao patrimônio público nacional, reafirmando a democracia como “a única forma legítima de representação e participação do povo, de garantir as relações entre o setor público e privado, bem como os interesses dos cidadãos”. Na nota, a associação declarou que “a violência perpetrada contra os Três Poderes, pilares do Estado Democrático de Direito, não pode ser confundida com manifestação, é crime e deve ser tratada como tal”.
A ABF afirmou ainda que qualquer iniciativa que vise desestabilizar a ordem e contrariar as garantias legítimas previstas na Constituição Federal “vai contra os interesses do povo brasileiro e devem ser evitadas e repreendidas com todo rigor da lei” e, ao mesmo tempo, que reiterou “seu compromisso com a democracia e com a pacificação da sociedade brasileira por meio de um plano comum para o desenvolvimento econômico e social do País”.
A Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (Ancord) declarou repúdio veemente aos atos de vandalismo. “Mais que uma gravíssima depredação às sedes dos Poderes da República, os ataques significam atentados diretos à democracia e ao Estado Brasileiro”, diz a nota. Para a associação, os “fatos deploráveis” precisam ser apurados com “total rigor”, e os responsáveis, punidos dentro da lei.
Em nota assinada pelo presidente do Consórcio Nordeste e governador da Paraíba, João Azevedo, o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste) manifestou “todo o apoio ao Governo Federal brasileiro na reconstrução de nossa democracia e retomada do pleno controle da segurança pública no Distrito Federal”. O texto diz ainda: “manifestamos nossa convicção de que é urgente que haja punição a todos os envolvidos, tanto os invasores quanto os seus financiadores e articuladores, assim como a servidores públicos que eventualmente tenham sido negligentes em suas funções. Afirmamos também que as forças de segurança dos governos dos nove estados do Nordeste estão integralmente à disposição do Governo Federal para o restabelecimento da lei e da ordem”.
A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) declarou condenar os atos violentos que culminaram com a invasão e depredação das sedes dos três poderes da República. De acordo com a nota da casa legislativa, a ação de “minorias antidemocráticas que infringem princípios constitucionais e se recusam a aceitar o resultado legítimo e soberano das urnas de outubro” deve ser passível de apuração e punição rigorosas, “estendidas sobretudo aos financiadores desses atos de vandalismo”.
Leia também:
Chega a 1,2 mil o número de presos removidos da frente do QG do Exército em Brasília
Moraes afasta governador do Distrito Federal por 90 dias
Governadores do NE mobilizam suas tropas para reforçar segurança em Brasília
Em nota, presidentes dos Três Poderes chamam atos de “golpistas”