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Safra da cana-de-açúcar faz Pernambuco e Alagoas terem mais empregos formais

A safra do Norte e Nordeste deve ter um aumento médio de 8% , alcançando 58 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2022/2023.
cana-de-açúcar
A atual safra da cana-de-açúcar contribuiu para a geração de mais empregos formais em Pernambuco e Alagoas em setembro. Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil.

O começo da safra de cana-de-açúcar fez diferença, em setembro, no emprego formal em Pernambuco e Alagoas, segundo números das Estatísticas Mensais do Emprego Formal, o Novo Caged, divulgados nesta quarta-feira (26). Os dados são do Ministério do Trabalho e Previdência. No cenário nacional, Pernambuco ocupou o terceiro lugar com um saldo de 20.528 empregos formais, perdendo apenas para São Paulo (+61.167) e Minas Gerais (+23.723).

Em Pernambuco, o saldo dos empregos formais foi 1,55% a mais do que no mês anterior. O saldo dos empregos formais em Alagoas ficou em 15.625, registrando um aumento de 4,16%. “Houve um reaquecimento da economia canavieira nesta safra com uma melhor distribuição de chuvas, favorecendo a safra em Pernambuco e Alagoas, crescendo a empregabilidade”, resume o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha. Para ele, as condições climáticas levaram os produtores a ficarem mais confiantes, realizando investimentos.

A expectativa é de que ocorra um crescimento de 8% na produção de cana-de-açúcar do Norte e Nordeste com uma estimativa de colher 58 milhões de toneladas na safra 2022/2023,contra os 54 milhões de toneladas colhidos na safra anterior (2021/2022). O aumento da produção implica em mais vagas de emprego no setor. Nas duas regiões, o setor gera 260 mil empregos diretos na moagem, incluindo 80 mil trabalhadores em Pernambuco.

O maior produtor de cana-de-açúcar no Nordeste é Alagoas que registrou uma safra de 18,2 milhões de toneladas da planta na safra passada (2021/2022). O segundo maior produtor é Pernambuco – que registrou uma safra de 12,8 milhões em 2021/2022, seguido por Paraíba (5,7 milhões de toneladas), Bahia (4,7 milhões de toneladas) e Rio Grande do Norte com 2,2 milhões de toneladas. Todos os números são da moagem passada. A expectativa é de que a safra pernambucana chegue a 14 milhões de toneladas na atual moagem.

No Caged são medidos os empregos formais – com carteira assinada -, mostrando o saldo dos empregos ou seja a diferença entre a quantidade de admitidos e desligados. Pernambuco foi o campeão do emprego formal em setembro no Nordeste. Na região, os outros Estados que tiveram maior saldo de emprego foram: Bahia (15.645), Alagoas (15.625) e o Ceará (12.078). 

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A recuperação do setor de serviços

Segundo o economista da Ceplan Ademilson Saraiva, o crescimento do emprego em Pernambuco também está refletindo a recuperação lenta dos serviços, incluvise porque o comércio varejista também reduziu a queda no emprego desde maio último. “Há uma recuperação paulatina dos serviços e a sazonalidade da cana-de-açúcar com a moagem se concentrando de setembro a março”, comenta.

“Alagoas e Pernambuco têm um impacto muito grande do emprego do setor sucroalcooleiro durante a safra. É sazonal”, comenta Ademilson. Geralmente, a moagem da cana-de-açúcar começa em setembro e vai até março do próximo ano.

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