Por Kleber Nunes
A partir de 2023, a cidade de Belo Jardim (PE) – a 180 quilômetros do Recife – terá o mais novo polo de tecnologia com foco em energias renováveis do Nordeste. O Centro de Inovação Tecnológica (CITech), que receberá um investimento de R$6,5 milhões, é fruto da parceria do Grupo Moura com o Instituto de Tecnologia Edson Mororó Moura (ITEMM) e o Instituto Federal de Pernambuco (IFPE).
O projeto foi contemplado em chamada pública da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa estatal vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI) do Governo Federal. Até dezembro, a pasta deverá liberar R$5 milhões e a Moura investir os R$1,25 milhão restante.
A nova estrutura, de acordo com o diretor do ITEMM, Spartacus Pedrosa, vai inserir ainda mais Belo Jardim no eixo tecnológico do Nordeste. “Estamos felizes com mais esta oportunidade de fomentar a educação e deixar um legado relevante. Este empreendimento irá fomentar a cultura de inovação na região, promover o empreendedorismo e incubar startups, estimulando o desenvolvimento econômico e tecnológico não só do Nordeste, mas do País”, afirma Pedrosa.
O futuro CITech terá foco especial em fontes renováveis de energia, contando inclusive com a instalação de sistema fotovoltaico conectado a uma infraestrutura de armazenamento de energia de bateria (BESS), para garantir pesquisas e o abastecimento energético da unidade. O empreendimento terá cerca de 700 metros quadrados com laboratórios, centros de pesquisa e espaço de trabalho focado em estimular o compartilhamento de ideias, network e parcerias, criando novas tecnologias e modelos de negócio.
“Nosso objetivo é, através da credibilidade dos parceiros e instalação desse novo centro, conseguir atrair mais negócios e desenvolvimento para região. Estamos ainda na fase embrionária, mas com potencial para atingir grandes resultados e ser incubadora de muitas startups com pesquisa e inovação”, diz o coordenador do projeto, João Almeida.
O CITech será subsidiado pelo programa do Finep por um total de 5 anos, quando já deverá ter estabilidade econômica e “massa crítica” para se manter com recursos próprios.