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Fibra ótica compartilhada. É a aposta da V.tal para crescer

A empresa vai investir cerca de R$ 30 bilhões até 2025 onde tiver mais demanda pelo serviço de fibra ótica.
Diretor de marketing da V. Tal, Rafael Marquez, fala das vantagens da fibra ótica num modelo de economia compartilhada. Foto:V.Tal/Divulgação.

Uma fibra ótica que é comercializada num sistema parecido com o Uber: o cliente usa o que paga – como se fosse um aluguel – e não tem despesa com a implantação da infraestrutura e nem precisa comprar equipamento. “Mudamos o modelo de negócio. E na economia compartilhada se usufrui da rede que é de um terceiro. É mais eficiente porque o cliente vai pagar somente o que utiliza”, resume o diretor de marketing da V.tal, Rafael Marquez. A empresa pretende investir cerca de R$ 30 bilhões até 2025 para dobrar a quantidade de casas que têm acesso à conectividade pela sua rede de fibra ótica.

Em julho último, a fibra ótica oferecida pela empresa alcançou 17 milhões de casas passadas, termo que significa fazer com que a fibra ótica chegue à porta destas residências. “A nossa expectativa é chegar a 34 milhões de domicílios passados até dezembro de 2025”, conta Rafael. Para isso, a empresa vai investir, em média, R$ 5 bilhões por ano até 2025 para implantar mais rede de fibra ótica nos locais em que forem aparecendo contratos de novos clientes, que podem ser os operadores regionais de internet ou as próprias operadoras de telecom. “Vamos investir mais onde tivermos mais parceiros que acreditem neste modelo. E acreditamos que há muito potencial na região “, comenta Rafael.

A companhia não oferece o serviço ao cliente final. Ela vende a fibra ótica compartilhada para um provedor regional de internet, que chega à casa do usuário. Já existem mais de 12 mil provedores regionais de internet no País. “A equação não é ter ativo. É ter receita, focar no atendimento, no serviço. E quanto mais tempo o cliente ficar, maior vai ser a rentabilidade”, comenta Rafael. A empresa diz oferecer o serviço time to market. Isso significa que o cliente terá um prazo de 30 dias para fazer uma operação num local que nunca operou, segundo Rafael. “O provedor que tiver o melhor atendimento vai ficar com o cliente”, argumenta Rafael.

A rede da V.tal é considerada neutra, porque é compartilhada entre todos os usuários. Geralmente, as outras redes dividem o controle com uma operadora. “Não tem uma comunicação de um provedor para o outro. É feito um banco, não compartilhamos os dados dos clientes”, conta Rafael.

E o 5G…

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Outro serviço que vai aumentar a demanda por fibra ótica é o 5G que já está presente em localidades de 22 capitais do País. “Hoje, 30% das antenas têm fibra ótica. As antenas do 5G vão precisar de fibra ótica para realizar a maior transmissão de dados”, explica Rafael. A nova tecnologia também transmite os dados numa frequência mais curta e isso significa que vai demandar de cinco a 10 vezes mais antenas e todas vão precisar ter fibra ótica. “A expectativa é de que isto aqueça o mercado. Cada vez mais serão transmitidos mais dados. É um caminho sem volta”, argumenta ele.

A V.tal surgiu quando ocorreu a venda dos ativos da Oi que até hoje é cliente âncora da empresa, ocupando cerca de 35% da fibra ótica disponibilizada. Na época, o arremate da parte de fibra ótica da Oi foi feito pelo fundo de investimento do BTG Pactual. Atualmente, a V.tal é detentora da maior infraestrutura de fibra ótica do país com cerca de 400 mil km de fibra ótica, chegando a 2,3 mil cidades. A empresa tem 50 contratos para o fornecimento do serviço nos 27 Estados e a metade dos contratos estão ativos.

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