O volume de vendas do comércio pernambucano registrou um recuo de 7,7% em abril, segundo informações da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com abril de 2021, a retração é semelhante e ficou em 7,6%. Ao longo do ano, o setor acumula perdas de 5,2%. Isso é muito ruim para a economia do Estado por pelo menos dois motivos. Primeiro, o comércio, como um todo, é um grande empregador. E, segundo, a atividade representa cerca de 13% de toda o Produto Interno Bruto (PIB) que mede a geração de riqueza.
No comércio varejista ampliado que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, a queda é menor: 1,3%, acumulando perda de 2,3% no ano. A queda mais acentuada foi no setor de eletrodomésticos, com recuo de 32,3% no mês, seguido pelos móveis com retração de 21,5%.
Até o setor de hipermercados e supermercados registrou uma queda de 2,4%,comparando com o mês de abril de 2021. Isso significa que a crise está fazendo as pessoas consumirem menos alimentos, revelando uma das faces mais perversa da diminuição da renda. Segundo informações do IBGE, o setor do comércio tem sido bastante impactado pela alta da inflação e pela queda no rendimento da população e consequente redução no consumo das famílias.
No movimento contrário, entre as principais altas, destacaram-se as atividades de tecidos, vestuário e calçados com crescimento de 7,7% e os combustíveis e lubrificantes com alta de 7,4% no período. A PMC produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no País, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e que têm como principal atividade o comércio varejista.