O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, nesta quarta-feira (25), a compra de lojas do Grupo Big – que tem uma grande capilaridade nos Estados do Nordeste – pelo Carrefour Brasil com algumas restrições que já tinham sido acordadas pelas empresas junto aos órgãos de defesa da concorrência. Essas medidas são para evitar que seja formado um grande monopólio e a empresa pratique os preços que acharem convenientes. Terão que ser vendidas 14 lojas pra outras empresas em nove cidades do Sul e Nordeste, incluindo Olinda, Recife, Maceió e Gravataí (no Rio Grande do Sul), segundo informações do G1.
Das 14 lojas a serem vendidas, 11 são hipermercados/atacarejo; três são supermercados/soft discount. Juntas, elas representam aproximadamente 3,6% do parque total de lojas do Grupo BIG
e 6,0% da sua receita total em 2021.
A aprovação foi da aquisição da totalidade das ações do Big Brasil pelo Atacadão, bandeira que pertence ao Carrefour. A venda foi anunciada em março último por R$ 7,5 bilhões. O Carrefour é a segunda maior rede varejista da América Latina, ficando atrás apenas da Walmex, uma operação que o Walmart tem no México e em mais cinco países latinos.
São 388 lojas que serão adquiridas pelo Atacadão. Controlado pela gestora Advent e pelo Walmart, o Grupo Big é dono de sete marcas: Big, Big Bompreço, Nacional, Super Bompreço, Sam´s Club, Todo Dia e Maxxi Atacado. Em Olinda, há uma loja do Super Bompreço, uma do Maxxi e uma do Todo Dia.
Das sete marcas, devem desaparecer a Big e a Maxxi, de acordo com informações divulgadas pelo Valor Econômico em março, quando ocorreu a venda. Os hipermercados Big e Bompreço devem ser convertidos em lojas com a bandeira Carrefour.
Com a aquisição do Grupo Big, o Carrefour terá 876 lojas e vendas anuais estimadas em R$ 100 bilhões.