Juliana Albuquerque
Uma luz para o setor de eventos em Pernambuco começa a ser acesa a partir da próxima segunda (21), quando passa a ser autorizado a acontecer com público máximo de 50 pessoas. De acordo com o Governo do Estado, a partir dessa data, eventos corporativos e os relacionados à formatura, como colação de grau, aula da saudade, cultos, poderão ser realizados com até 50 pessoas ou 30% da capacidade do local, o que for menor. Música ao vivo, contudo, segue proibida.
De acordo com a Secretária Executiva de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Ana Paula Vilaça, esse é o primeiro passo em direção a outras liberações. “A depender do recuo da pandeia no Estado, é possível que dentro dos próximos 15 dias possamos evoluir na limitação de público”, afirma.
Segundo ela, para que não ocorra excessos, o decreto vai proibir som nesses eventos. Ana Paulo explica, contudo, que essa proibição é apenas uma maneira de impedir que esses eventos se tornem festas. “Não vamos impedir que um evento corporativo possa disponibilizar o seu tradicional coffee break, almoço ou jantar entre os participantes. O que pretendemos é impedir que vire uma festa, evitando, dessa forma, aglomerações que coloquem em risco os esforços para conter a disseminação do vírus em Pernambuco”, complementa.
Para a presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc-PE), Tatiana Marques, embora a notícia da liberação tenha sido recebida com uma pequena gota de esperança para o setor em direção à sua retomada, a produção de eventos exige viabilidade econômica. “Um evento para 50 pessoas, depois de todo esse estrago, não traz nada mais do que uma luz e a certeza de que olharam para o setor de eventos”, revela Marques.
Segundo Tatiana, o ideal seria que o governo tivesse atendido ao pleito do setor, feito há mais de 60 dias, com relação ao volume de pessoas. “Nós pedimos para que a retomada se desse a partir de 100 pessoas e após 15 dias, se duplicar essa participação, dependendo da curva pandêmica”, conta a presidente da Abeoc-PE.
A secretária executiva da Sedec-PE reconhece que o número de pessoas ainda é baixo. Mas afirma que esse se os números da Covid-19 continuarem nesse ritmo, consegue evoluir essa limitação. “É pouco ainda, nós sabemos, mas é um respiro para o pessoal do setor voltar a trabalhar”, explica.
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