A paralisação de ônibus em nove garagens no Grande Recife, nesta quarta-feira (22), gerou transtornos significativos para os usuários do transporte público. Apesar do impacto, a Urbana-PE, entidade que representa as empresas de ônibus, destacou estar aberta ao diálogo para resolver a situação, que se originou por atrasos no pagamento de salários dos rodoviários. A Urbana-PE afirmou que o governo confirmou o pagamento desse repasse nesta quarta-feira (22) e, com isso, os operadores poderão pagar a antecipação salarial até o meio-dia.
Por volta das 11h30 desta quarta-feira (22) todos os ônibus que estavam paralisados em protesto do Sindicato dos Rodoviários começaram a ser liberados. Isso aconteceu porque as permissionárias Borborema, São Judas Tadeu, Pedrosa, Globo, Caxangá e Mobibrasil pagaram o salário quinzenal dos motoristas, atrasado desde a última segunda-feira (20).
Com o movimento iniciado à meia-noite, garagens das empresas Metropolitana, Borborema, Caxangá (duas unidades), São Judas Tadeu, Pedrosa e Globo (três unidades) suspenderam suas operações, interrompendo a circulação de ônibus em importantes terminais integrados como Joana Bezerra, Macaxeira e Xambá. Apenas as permissionárias Conorte e Mobibrasil, que estão com os pagamentos em dia, continuaram operando, mas de forma insuficiente para atender a alta demanda.
Roberto Carlos, presidente do Sindicato dos Rodoviários, pediu compreensão da população em vídeo divulgado pela categoria. Ele enfatizou a importância do pagamento pontual para a valorização dos trabalhadores: “Como presidente do Sindicato dos Rodoviários, eu peço compreensão porque sei que vocês também são trabalhadores e sabem muito bem o que um trabalhador passa quando ele não é reconhecido financeiramente, principalmente pelo seu salário.”
A Urbana-PE informou que o atraso ocorreu devido a dificuldades financeiras enfrentadas pelas empresas do sistema de transporte público. Ainda assim, afirmou estar comprometida em buscar soluções e dialogar com as partes envolvidas para normalizar o serviço e evitar prejuízos contínuos à população.
O impacto nos passageiros pela falta de ônibus
A greve levou milhares de usuários a buscar alternativas, como transporte por aplicativo ou caronas, o que aumentou os custos e gerou atrasos nos deslocamentos. Filas extensas se formaram nos pontos de ônibus, enquanto o serviço alternativo disponível não conseguiu suprir a demanda.
A retomada das operações ficou condicionada ao pagamento dos salários em atraso, principal reivindicação da categoria. Até que isso ocorra, o transporte público segue com funcionamento reduzido, prejudicando trabalhadores e estudantes que dependem do sistema diariamente.
*Com informações da Folha de Pernambuco
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