No calor do NE, enquanto você sua, Chiquinho Sorvetes quer faturar R$ 1 bilhão

Chiquinho Sorvetes quer crescer no mercado nordestino, estratégico para que a franquia - maior rede do gênero no país - atinja o primeiro bilhão de faturamento
Isaías Bernardes projeta 100 pontos da Chiquinho Sorvetes no Nordeste até dezembro de 2024
CEO da Chiquinho Sorvetes, Isaías Bernardes está no Recife, onde participa da Expo Franquia Nordeste 2024, prospectando novos parceiros/Foto: Chiquinho Sorvetes (Divulgação)

No calor do Nordeste – que dura de janeiro a dezembro – enquanto você transpira, a marca mineira Chiquinho Sorvetes vende sabor e refrescância para aliviar a sensação térmica. A franquia, que vê na região grande potencial para expansão, planeja atingir a marca de 100 unidades nos estados nordestinos até o final deste ano. Atualmente, são 81 pontos. O crescimento no mercado regional é considerado estratégico para que a empresa chegue, este ano, ao primeiro bilhão em faturamento.

Para os próximos cinco anos, a meta da Chiquinho Sorvertes é bem mais ousada: multiplicar a rede por cinco no Nordeste e chegar a 500 lojas e quiosques na região.

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“O clima nordestino é totalmente favorável ao nosso negócio”, afirma o CEO Isaías Bernardes, que esteve no Recife, participando da Expo Franquia Nordeste. O executivo aproveitou o evento – que aconteceu entre os dias 21 e 23 de março no RioMar Shopping – para negociações com os atuais franqueados na região e com parceiros em potencial para o plano de expansão.

Ele explica que, dos 19 pontos previstos para serem abertos no mercado regional até dezembro próximo, oito já estão com o contrato fechado e em fase de implantação, com inaguração estimada para os proximos meses. Os 11 restantes seguem disponíveis para empresários interessados e a prioridade é avançar nas capitais.

Essas unidades vão representar ao todo, investimentos, por parte dos parceiros, entre R$ 7,6 milhões e R$ 9,5 milhões, considerando um aporte mínimo de R$ 400 mil por quiosque e R$ 500 mil por lanchonete.

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No ano passado, a marca inagurou novos pontos de venda em cidades do interior da Bahia, Pernambuco, Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte. “Agora, queremos ir ainda mais longe, pois o mercado nordestino vem gerando ótimos resultados”, avalia Isaías Bernardes, que não revela, para a concorrência, a participação de cada região no faturamento.

Chiquinho Sorvetes quer passar de 800 para mil pontos de venda até dezembro de 2024
Chiquinho Sorvetes tem 800 pontos em todo o Brasil, mas planeja atingir 1 mil até o final de 2024, a fim de bater a meta de R$ 1 bi em receita anual/Foto: Chiquinho Sorvetes (Divulgação)

Chiquinho Sorvetes quer atingir R$ 1º bilhão

O avanço no Nordeste acontece num momento em que os negócios da marca estão altamente aquecidos, devido, entre outros fatores, aos recordes sucessivos de altas temperaturas no Brasil, nos últimos anos.

No Nordeste, três cidades entraram no ranking das mais afetadas pela mudança climática, no Brasil, nos últimos meses. Na lista, elaborada pela ONG norte-americana Climate Central, Recife (com elevação da temperatura de 0,9° no período) aparece em 4º lugar, seguido por Salvador (+ 0,8°) em 5º e Maceió (+ 0,7°), na sexta posição.

Neste cenário, a receita da Chiquinho Sorvetes, em 2023, chegou a R$ 740 milhões, um salto de 30% sobre 2022. A meta de crescimento do faturamento projetada para 2024 é ainda maior: 35%, diante de uma projeção de receita de R$ 1 bilhão.

Para alcançar esse marco, a empresa planeja passar dos atuais 800 pontos de venda – distribuídos em 25 estados – para 1 mil até dezembro. O crescimento vai exigir uma estrutura logística mais robusta. Por isso, a empresa está construindo seu próprio centro de distribuição, com 15 mil metros quadrados, em São José do Rio Preto (SP), onde está localizada a sede da companhia.

O CD será inaugurado em breve. Atualmente, a franqueadora utiliza instalações terceirizadas, de onde saem, para todo o país, as misturas lácteas para o preparo de 120 sabores de sorvete. O transporte dos insumos é feito por meio de frota própria, com 35 caminhões envelopados com a identidade visual da marca.

Outra mudança será a construção, na cidade, de um centro administrativo, voltado para garantir maior integração aos 260 colaboradores diretos.

Verticalização para manter identidade do negócio

Além da logística, a Chiquinho Sorvetes adota um modelo verticalizado em outras áreas do negócio. A agência de publicidade responsável pelo branding e marketing de toda a rede, garantindo unidade nas peças e ações, faz parte do grupo e tem atualmente 30 empregados.

A empresa de tecnologia também é uma operação própria e seu trabalho inclui o desenvolvimento e gestão dos sistemas utilizados em toda a rede. O grupo tem ainda uma empresa de arquitetura que coordena todos os projetos de implantação e reforma nas lanchonetes e quiosques.

Quem é a Chiquinho Sorvetes?

Maior rede do gênero no país, a Chiquinho Sorvetes surgiu como um pequeno negócio, de 16 metros quadrados, no centro de Frutal, interior de Minas Gerais. Essa sorveteria, berço da companhia, foi fundada em 1980, pelo pai de Isaías, Francisco Bernardes. Cinco anos depois, Isaías, de empregado virou patrão, ao comprar a empresa.

O passo seguinte foi a abertura, no final dos anos 1980, da primeira filial, em Guaíra, São Paulo. Essa sorveteria foi o ponto de partida para a expansão em todo o estado e em Minas. No final dos anos 2000, a rede tinha batido a primeira centena de unidades, entre próprias e de “franqueados” na própria família Bernardes, ou seja, parentes que decidiram participar do negócio.

O sucesso, no entanto, gerou interesse de parceiros fora do círculo familiar, o que levou a companhia a lançar, em 2010, o que seria, de fato, o plano de franchising da Chiquinho Sorvetes. Com isso, Isaías, que foi de funcionário a dono, mais uma vez trocou de cadeira, passando a atuar apenas como franqueador: atualmente, todas as unidades são franquias.

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