Bolsonaro quebra silêncio e comenta sobre derrota e paralisações

Presidente disse que os bloqueios em rodovias, “são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral”.
Presidente Jair Bolsonaro, acompanhado de vários ministros, fala com a imprensa no Palácio da Alvorada?Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Foram quase 48 horas de silêncio após derrota nas urnas pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mas nesta tarde, o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um pronunciamento de pouco mais de dois minutos para dizer que “manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas”.

Ele acrescentou que os bloqueios em rodovias, “são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral”.

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Bolsonaro, disse ainda “os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”. O presidente vinha sendo pressionado por aliados para se manifestar sobre os bloqueios nas rodovias. Seu silêncio estava sento entendido como consentimento às ações.

Falando no hall de entrada do Palácio da Alvorada, a residência oficial do presidente da República, Bolsonaro também agradeceu os votos que recebeu. “Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim”, afirmou. “Formamos diversas lideranças pelo Brasil, nosso sonho segue mais vivo do que nunca.

Bolsonaro disse que “os movimentos populares são frutos de injustiça de como foi feito o processo eleitoral”.  E reclamou que “sempre fui rotulado como antidemocrático, mas ao contrário dos meus acusadores sempre andei dentro das quatro linhas da Constituição”, disse.

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Bolsonaro também afirmou que vai cumprir a Constituição Federal e mencionou sua condição de líder de milhões de brasileiros. “Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição. É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade e as cores verde e amarela da nossa bandeira”.

Transição

Após ler o discurso, Bolsonaro deixou o salão central do Palácio do Alvorada com sua equipe e, em seguida, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, fez uma declaração complementar sobre a transição de governo.  

“O presidente Jair Messias Bolsonaro me autorizou, quando for provocado, com base na lei, nós iniciaremos o processo de transição. A presidente do PT [Gleisi Hoffmann], segundo ela em nome do presidente Lula, disse que na quinta-feira [3] será formalizado o nome do vice-presidente Geraldo Alckmin [como coordenador da equipe de transição do governo eleito]. Aguardaremos que isso seja formalizado para cumprir a lei no nosso país”, informou.

Alckmin foi anunciado nesta terça-feira como coordenador da equipe de transição. Outros nomes serão definidos nos próximos dias, envolvendo integrantes de partidos da coligação de Lula. 

*Matéria atualizada às 18h51

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