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Canadá Road Show vai mostrar programas de imigração

O Plano de Imigração 2022-2024 do governo canadense apresenta uma das metas mais ambiciosas da história do país: em 2022 devem ser tornar residentes 431 mil pessoas; em 2023, 447 mil, e, em 2024, 451 mil.
Camilla e Israel se casal se tornaram residentes permanentes em 2020/Foto: divulgação

Se você pensa em migrar para o Canadá, aproveite uma janela de oportunidade. Metade das novas residências permanentes até 2024 poderão ser concedidas a estudantes que se formaram no país, segundo o governo canadense. Assim, fazer um intercâmbio de estudo e trabalho no Canadá é um dos principais caminhos de acesso à imigração.

Para orientar quem tem planos de sair do Brasil para estudar, trabalhar e morar no país, a Hi Bonjour – agência de intercâmbio canadense e brasileira  – promove, de 13 a 28 de setembro, o Canadá Road Show, que passará por 12 cidades brasileiras para apresentar programas disponibilizados em 28 colleges, universidades e escolas de idiomas canadenses. No Recife, o encontro será realizado no dia 24 de setembro (sábado), no Mar Hotel, em Boa Viagem, das 14h às 20h.

A análise da Hi Bonjour – que é feita com base em estatísticas do IRCC (Immigration, Refugees and Citizenship Canada), órgão de imigração do Canadá – indica que a taxa de aprovação de vistos para brasileiros em 2021 (80%), que sofrera queda causada pela pandemia em 2020 (61%), recuperou o patamar de 2019 (83%). Em todo o período analisado, o Brasil sempre se manteve à frente das médias globais (60%, 51% e 60% nos três anos, respectivamente).  

 “O Canadá oferece inúmeros benefícios para estudantes internacionais, como a possibilidade de levar a família e de, ao término dos estudos, obter visto de trabalho temporário para continuar no país, que é o grande passo para a residência permanente”, resume Thaís Della Nina, fundadora da Hi Bonjour.

O primeiro passo desse caminho é obter a permissão para ingressar em uma instituição de nível superior. Neste quesito, o Brasil se destaca: 80% dos pedidos desse tipo de visto têm resposta positiva, taxa de aprovação superior à média mundial de 60%. Um total de 11.425 brasileiros se tornaram residentes permanentes do país em 2021.

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Os programas de estudo em colleges públicos do Canadá – que podem durar de oito meses a dois anos – garantem ao estudante permissão de trabalhar em meio período durante o curso. Além disso, o cônjuge pode trabalhar em tempo integral para garantir renda em dólares para a família e os filhos menores têm acesso a escolas públicas gratuitas, da Educação Infantil ao Ensino Médio. A saúde pública também é acessível na maioria das províncias.

O grande atalho para a imigração é o Post-Graduation Work Permit (PGWP), a permissão concedida ao estudante para permanecer no país trabalhando por até três anos após a graduação. A formação acadêmica e a experiência de trabalho canadenses, além da fluência em inglês ou francês, contam pontos no Express Entry, sistema online do governo que classifica os candidatos a imigrantes. “Quanto maior a duração do curso, maior o tempo de PGWP. Quem faz um programa de dois anos em um college geralmente obtém o PGWP de três anos, totalizando cinco anos em solo canadense, tempo que costuma ser suficiente para obter a residência permanente”, explica Thaís Della Nina.

Imigrar em até cinco anos

Dentro desse prazo, segundo o IRCC, 75% dos portadores de PGWP se tornam residentes permanentes no Canadá. Em muitos casos, o objetivo é alcançado em tempo ainda menor. A estratégia de combinar estudo e trabalho foi adotada pela pernambucana Camila Ferreira, 31, que foi há cinco anos para Toronto, Ontário, com o marido, Israel Dias, 33. O casal se tornou residente permanente em 2020. Ao chegar no Canadá, ela cursou um programa de um ano em Marketing no Centennial College, além de ter trabalhado como repositora de supermercado e assistente de eventos. Ele entrou no mercado de trabalho como analista de TI, além de atuar como motorista de Uber.

Thaís Della Nina, fundadora da Hi Bonjour/Foto: divulgação

Hoje, Camila é consultora educacional e Israel, analista de cyber segurança de TI em um banco canadense. “Por conta do poder de compra no Canadá, vivemos num padrão de vida significantemente melhor do que vivíamos no Brasil”, diz ela, que também mantém um perfil no Instagram em que dá dicas sobre estudo no Canadá (@canadacomcamila).

Outro exemplo é o da advogada pernambucana Paula Affonso, 39 anos, que imigrou para o Canadá com o marido, José Arlan, 42, também advogado, o caçula Davi, 8, e os gêmeos Jabes e Carolina, 18. A família chegou em agosto de 2018 na cidade de London, em Ontário, para Paula cursar um programa de dois anos em Business Marketing no Fanshawe College. Em dezembro de 2021, conquistaram a residência permanente. “Eu ganhava muito bem no Brasil, mas ter filhos lá é muito caro. Você paga escola, plano de saúde, esporte… Aqui o dinheiro vale muito mais”, afirma ela, que se tornou consultora educacional e empresária no Canadá, desenvolvendo negócios através de seu canal no Instagram (@paulanocanada).

Novo plano de imigração

O Plano de Imigração 2022-2024 do governo canadense apresenta uma das metas mais ambiciosas da história do país. No ano passado, mais de 405.000 pessoas de várias nacionalidades receberam a residência permanente, maior número já concedido pelo Canadá em um único ano. A ideia é, em 2022, aumentar essa quantidade para 431.645. Em 2023, serão 447.055 e, em 2024, 451.000.

A inscrição custa R$ 20 e deve ser feita através do site canadaroadshow.com.br.

Todo o valor arrecadado será doado para o Grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer de Pernambuco (GAC-PE), a Judá Escola de Jiu Jitsu, projeto social de Camaragibe (PE) e o Hospital Martagão Gesteira, instituição filantrópica que atende crianças e adolescentes em Salvador.

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