Sua fonte de informação sobre os negócios do Nordeste

Sua fonte de informação sobre os negócios do Nordeste

Confiança do comércio segue em queda pelo quarto mês consecutivo em Pernambuco

Índice registrou queda de 1,1%. Maior impacto foi percebido no comércio de grande porte, com mais de 50 empregados


O índice de confiança do empresariado do comércio de Pernambuco registrou queda pelo quarto mês seguido, saindo de 110,9 pontos em fevereiro para 109,7 pontos em março deste ano, o que representa uma variação negativa de 1,1%. Apesar da confiança dos empresários do setor continuar em baixa, o ICEC – calculado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), ainda está em um patamar considerado satisfatório, ou seja, acima dos 100 pontos.

Foto Tânia Rego/Agência Brasil

De acordo com análise feita pela Fecomércio PE, o maior impacto foi percebido nas empresas de médio e grande porte, que tem mais de 50 empregados. Nesses negócios, o índice recuou de 115,1 para 107,1 pontos entre fevereiro e março, cravando uma variação de -7%. Já nas empresas com menos de 50 funcionários a queda foi menos acentuada, saindo de 110,8 para 109,8 pontos (-0,9%).

A última vez em que foi percebida melhora na confiança do empresariado pernambucano foi entre os meses de maio e novembro do ano passado. O cenário positivo estava ligado ao aumento de pessoas circulando no comércio, impulsionado pelo avanço da campanha de vacinação contra a Covid-19. No entanto, as seguidas altas inflacionárias e a elevação dos juros fizeram com que o otimismo fosse deixado um pouco de lado. Só no primeiro trimestre de 2022, o índice já acumula queda de 5,2%, o que o distancia ainda mais dos níveis pré-pandemia.

Para o setor do comércio varejista, o atual pessimismo está ligado a disparada nos preços e condições de acesso ao crédito, que dificultam o poder de compra das famílias, impactando diretamente as relações de consumo nos próximos meses. Sem previsão de boas vendas, as intenções dos empresários quanto ao aumento de estoques e de mão de obra ficam comprometidas. Além desses fatores, os gastos com energia e combustíveis também já pesam no bolso.

A deflagração da guerra entre Rússia e Ucrânia também é observado com cautela pelos empresários, uma vez que o conflito tende a potencializar o aumento de preços internos, sobretudo das commodities agrícolas e do petróleo, que afetam os valores de alimentos e combustíveis.

- Publicidade -

Entre os componentes do ICEC, apenas o subíndice referente às expectativas (IEEC) não sofreu variação negativa na passagem de fevereiro para março, mas ficou praticamente estagnado (+0,4%), saindo de 137,4 para 138 pontos. No caso do subíndice que avalia as condições atuais (ICAEC), houve queda de 3,6% (de 96,6 para 93,1 pontos), revertendo a melhora observada no mês anterior. Já o subíndice que consolida a tendência das intenções (IIEC) dos empresários no curto prazo recuou timidamente (-0,5%), passando de 98,6 para 98,6 pontos.

A única melhora observada no intervalo analisado foi com relação as intenções de contratação no curto prazo. A proporção de empresários que têm perspectiva para aumentar o quadro de colaboradores nos próximos meses passou de 70,9% para 71,5%.


Leia também – Confiança da indústria cai em 22 dos 29 setores, diz CNI

- Publicidade -
- Publicidade -

Mais Notícias

- Publicidade -