Agência Brasil – com informações da Reuters
Num dia de volatilidade no mercado financeiro, o dólar fechou praticamente estável nesta sexta-feira, depois de passar a maior parte do dia em queda. Mesmo assim, a divisa teve o primeiro recuo semanal em julho. Influenciada pelo cenário externo, a bolsa de valores caiu pela segunda vez consecutiva e reverteu os ganhos dos últimos dias.
O dólar comercial encerrou a semana vendido a R$ 5,115, com alta de apenas 0,01%. A cotação operou em queda na maior parte do dia, chegando a cair para R$ 5,07 na mínima da sessão, por volta das 14h. A moeda, no entanto, reagiu ao longo da tarde e fechou na estabilidade.
A queda durante a semana foi de 2,66%, a primeira baixa após duas semanas seguidas de valorização. Em julho, o dólar acumula alta de 2,86%.
O mercado de ações teve um dia mais pessimista. O índice Ibovespa, da B3, fechou na sexta aos 125.960 pontos, com recuo de 1,18%. O indicador chegou a operar em alta até por volta das 12h30, mas reverteu o movimento, influenciado pelo cenário externo.
Em relação ao dólar, tanto o cenário doméstico como fatores internacionais influenciaram o câmbio. A divulgação de que as vendas no varejo subiram 0,6%, em junho, nos Estados Unidos, fez a moeda norte-americana subir em relação às principais divisas do planeta.
O bom desempenho da economia norte-americana pode fazer com que o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) antecipe o fim dos estímulos concedidos por causa da pandemia da covid-19. No entanto, a alta no preço das commodities (bens primários com cotação internacional), a recuperação da atividade econômica e a expectativa de que o Banco Central brasileiro continue a aumentar a taxa Selic seguraram a alta do dólar no Brasil.
A bolsa de valores não teve o mesmo movimento. Influenciado pela queda das bolsas norte-americanas, o Ibovespa não sustentou os ganhos do início do dia e teve a segunda sessão seguida de queda.