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O estado de Sergipe apresentou a segunda maior taxa de crescimento da receita corrente do país, com um amento de 20% em 2024, o que representa um incremento de R$ 2,73 bilhões em relação ao ano anterior. Em 2024 a receita ficou em R$ 16,70 bilhões, enquanto em 2023 esse valor foi de R$ 13,97 bilhões. Os dados são da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e indicam que a maior taxa de crescimento ocorreu no Maranhão, com 20%, e logo depois de Sergipe, o terceiro lugar ficou com o Acre, com 17%.
Diante desses percentuais, a secretaria da Fazenda de Sergipe, Sarah Tarsila Andreozzi, disse “que a perspectiva para esse ano é muito boa, já que estamos investindo em tecnologia para nos auxiliar a combater a sonegação, além de realizarmos um trabalho em parceria com outros órgãos do Governo, para atrair novos investimentos para o Estado”.
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Ela acrescentou, também, que o estado está empenhado em incrementar a arrecadação própria, sem qualquer tipo de alíquota, para reduzir a dependência das transferências constitucionais. “O caminho é longo, mas acredito que estamos no caminho certo”, destacou.
A receita corrente corresponde ao volume de recursos obtidos pelo estado, incluindo a arrecadação de impostos estaduais, contribuições, aplicações financeiras e transferências da União.
Esse aumento nos valores recolhidos é explicado por três fatores: o aumento da arrecadação de impostos estaduais, que ultrapassou os R$ 6,2 bilhões, um crescimento de 10,07% em relação ao ano de 2023; o aumento de R$ 14,6% no Fundo de Participação dos Estados (FPE), que representa R$ 954 milhões nos valores repassados ao Estado; e a concessão da Companhia de Abastecimento de Sergipe (Deso), que garantiu R$ 1,1 bilhão para os cofres públicos. A Deso foi vendida a Iguá Saneamento, em setembro do ano passado.
Despesas de Sergipe
O levantamento do STN indicou que Sergipe teve um crescimento de 18% nas despesas, o que representa R$ 2,2 bilhões a mais que o valor gasto em 2023. Esse aumento é explicado pela concessão de reajustes e reestruturação de carreiras para diversas categorias de servidores do Estado, além do aumento nos valores investidos em áreas estratégicas, como Saúde e Segurança Pública.
Em 2024, Sergipe foi o estado do Nordeste que mais aplicou recursos no setor de saúde, em termos proporcionais. O Governo do Estado direcionou quase R$ 3 bilhões, o que corresponde a 19% da despesa total, para financiar os serviços oferecidos à população. Já em relação à Segurança Pública, o Governo destinou R$ 1,92 bilhão, o que representa 12% da sua despesa total. Esse indicador coloca o estado como o quarto do país que proporcionalmente mais investiu na área, atrás de Minas Gerais, Ceará e Rondônia.
O equilíbrio entre receitas e despesas levou o Estado a registrar, também em termos proporcionais, o segundo maior superávit primário do país, atingindo R$ 1,68 bilhão, ficando apenas atrás do Rio de Janeiro.
O estudo da STN trouxe ainda um dado positivo em relação ao endividamento sergipano. Em 2024, o estado registrou um crescimento de 6% em sua dívida, a sexta menor taxa do país, ficando apenas atrás do Distrito Federal, Rondônia, Maranhão, Amapá e Paraná.
“Todo o trabalho feito é para permitir que os recursos arrecadados sejam investidos cada vez mais em ações e políticas que beneficiem a população. Temos buscado incansavelmente otimizar a gestão e as receitas, permitindo ao governo pagar os servidores em dia e realizar investimentos para promover o desenvolvimento econômico e social”, explicou a secretária Sarah Tarsila.
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