A governadora Raquel Lyra (PSDB) disse nesta segunda-feira, 1º de julho, que o governo do Estado vai lançar “nos próximos dias” o edital de licitação para a contratação das obras do trecho Sul do Arco Metropolitano. O comunicado aconteceu durante o lançamento do Plano Pernambucano de Mudança Econômico-Ecológica (PerMeie), no cinema do Porto Digital, no Bairro do Recife.
O arco consiste numa alça rodoviária que vai ligar os municípios de Goiana e redondezas ao Porto de Suape. O empreendimento é um dos mais aguardados pelo empresariado do Estado, porque vai permitir que as empresas instaladas no Norte da Região Metropolitana do Recife cheguem ao Porto de Suape sem passar pelos constantes engarrafamentos da BR-101.
Raquel Lyra: projetos respeitam o meio ambiente
“Todos os projetos que fizemos respeitam o meio ambiente. Com o Arco Metropolitano não vai ser diferente. O trecho Sul não envolve uma discussão ambiental, considerando que grande parte por onde vai passar o traçado é uma plantação de cana-de-açúcar. No trecho Norte, é mais complexo, pelas bacias hidrográficas e Mata Atlântica ali existente. Vamos fazer tudo de forma coordenada, respeitando o meio ambiente”, resumiu a governadora.
O trecho sul do Arco Metropolitano terá 45,3 km de extensão, indo da BR-408, em Paudalho, até a BR-101, no Cabo de Santo Agostinho. Já o trecho norte vai se estender por 50 km, interligando a BR-408 (provavelmente em Paudalho) e a BR-101 na altura de Goiana.
A previsão era de que a gestão do governo Raquel Lyra lançasse o edital de licitação das obras do trecho Sul “depois do Carnaval”. Esse é o segundo cronograma assumido por Raquel, em 2024, para a abertura do processo licitatório do primeiro bloco.
Quanto será investido no Arco Metropolitano?
O Arco Metropolitano é um empreendimento de R$ 1,3 bilhão incluído na versão mais recente do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3) do governo Lula. Metade desse orçamento será bancado pela União e os 50% restantes pela gestão estadual. A previsão é de que a primeira etapa do projeto (o eixo sul) esteja concluída até 2026, quando – nas estimativas da administração estadual – será lançado o edital para a fase mais polêmica do Arco.
O eixo norte enfrenta resistências por parte de moradores e ONGs de sustentabilidade que fazem parte do Fórum Socioambiental de Aldeia. A localidade está na rota atual desse eixo e as lideranças querem mudança nesse traçado. Endereço residencial da classe média alta, Aldeia tem boa parte de sua área sob proteção ambiental, pois abriga florestas de mata atlântica e um lençol freático.
Leia também:
Fora dos trilhos: licitação de trecho PE da Transnordestina tem 4ª eliminação
Com Novotel Marina, Recife embarca no milionário turismo náutico
Arco Metropolitano: PE cumpre promessa à Stellantis 10 anos atrasado
