O Grupo JB, um dos maiores do setor de bioenergia e alimentício, inicia as comemorações pelos 60 anos de atuação em grande estilo. Por iniciativa do deputado estadual Joaquim Lira, a companhia recebeu uma homenagem, em sessão solene da Assembleia Legislativa de Pernambuco. A empresa foi representada pelos diretores Carlos Beltrão, Jaime Beltrão e Carolina Beltrão.
A cerimônia foi realizada nesta terça-feira (28), no auditório Sérgio Guerra, da Alepe, com a sessão sob a presidência do deputado Henrique Queiroz Filho.
“Chegamos a seis décadas, com uma linha do tempo da qual podemos nos orgulhar profundamente. Somos inovadores, investimos de forma contínua em tecnologias e temos um compromisso inegociável com o meio ambiente e com as pessoas, algo fundamental para o avanço de nossa agenda ESG”, afirmou a diretora executiva Carolina Beltrão.
Henrique Queiroz, por sua vez, destacou o legado do Grupo JB para a economia de Pernambuco e do Espírito Santo, estados onde a companhia têm negócios. Joaquim Lira, por sua vez, ressaltou o papel estratégico da JB no desenvolvimento econômico e social de Vitória de Santo Antão, berço do grupo.
Conheça a história do Grupo JB
A trajetória do Grupo JB começou em 1964, quando o patriarca Jaime Beltrão comprou o Engenho Cachoeirinha, em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata, a 46 quilômetros do Recife. Com a morte do fundador, em 1977, os filhos do empresário assumiram o comando.
O grande salto do grupo, veio em 1982, quando a JB iniciou a produção de etanol, aproveitando as oportunidades criadas pelo Programa Nacional do Álcool (Proálcool), iniciativa pioneira do governo brasileiro para estimular o uso do biocombustível na frota de veículos do país.
Em 1990, a JB deu um passo ainda maior no setor de bioenergia ao construir o Tecab, na Paraíba. O terminal de granéis líquidos, implantado por meio de parceria entre um pool de usinas do setor, colocou as operações de importação e exportação de álcool do grupo em outro patamar.
Grupo JB: expansão para o Espírito Santo
Em 1996, o Grupo JB tomou uma decisão fundamental na estruturação dos seus negócios: a aquisição da Lasa Linhares Agroindustrial, no Espírito Santo. Foi uma estratégia para garantir a produção de álcool durante o ano inteiro, já que as safras da região Nordeste e Sudeste acontecem em períodos distintos, sendo complementares.
Em 2000, o primeiro ano do milênio foi também o começo de uma nova era para o grupo. Em plena Crise do Apagão, decorrente de uma situação sem precedentes no armazenamento de água das hidrelétricas, a JB iniciou sua atuação na produção de eletricidade, por meio de co-geração com bagaço de cana em suas usinas. Com isso, surgia mais um braço de negócio estratégico para a empresa.
Na sequência, a companhia investiu em aquisição de terras e processos agroindustriais para entrar no setor alimentício, por meio da produção de açúcar a granel.
Negócios com CO2
Sempre atento ao cenário, no final da década de 2000, o grupo despertou para uma grande oportunidade em meio às discussões, cada vez mais fortes, sobre aquecimento global.
Como os processos fabris de bioenergia e açúcar geram CO2, a JB tinha a chance de industrializar esse gás, agregando mais uma fonte de receita, com um bônus ambiental: a redução de suas emissões diretas dióxido de carbono na atmosfera.
Foi exatamente o que o grupo fez. Nascia a Carbogás, hoje a única empresa 100% brasileira de CO2 puro grau alimentício do mercado brasileiro. O insumo tem diversas aplicações, em vários setores, que incluem indústria de alimentos e bebidas, equipamentos contra incêndio e até gelo seco para a área de eventos.
Presente e futuro do Grupo JB
Hoje, sob a razão social Companhia Alcooquímica Nacional, o grupo, consolidado no presente, se depara com um futuro em que o Nordeste tem tudo para se tornar o protagonista na transição da mobilidade do Brasil.
Duas montadoras, na região – as gigantes Stellantis e BYD – vão produzir, a partir deste ano, carros híbridos: uma em Pernambuco, a outra na Bahia. No caso da Stellantis, está confirmado que a opção será pela hibridização com etanol. Com esse cenário animador pela frente, claro que o grupo se articula para integrar essa cadeia.
“Estamos prontos para os desafios e oportunidades que a descarbonização traz para o setor bioenergético, seja na transição da mobilidade, com a substituição da frota por veículos híbridos a etanol, seja em outras aplicações da energia limpa”, conclui Carolina Beltrão.
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