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Governo desapropria Engenho Roncadorzinho, na Mata Sul

A regularização fundiária vai favorecer 77 famílias que moram nesse terreno, com cerca de 690 hectares.
Governador Paulo Câmara recebe trabalhadores da Comissão de Conflitos Agrários/Fotos: Hélia Scheppa/SEI

O Governo de Pernambuco desapropriou o Engenho Roncadorzinho, localizado no município de Barreiros, na Mata Sul do Estado, área que enfrenta conflitos agrários há cerca de 20 anos. Decreto foi publicado nesta sexta-feira (19) no Diário Oficial do Estado. A ação se dará por meio da Procuradoria Geral do Estado (PGE).

O imóvel destina-se à manutenção de colônias ou cooperativas de povoamento e trabalho agrícola, a cargo do Instituto de Terras e Reforma Agrária do Estado de Pernambuco (Iterpe), e à regularização fundiária sustentável em favor das 77 famílias que moram nesse terreno, com cerca de 690 hectares.

“Em fevereiro passado, o governador Paulo Câmara havia determinado a criação do Programa Estadual de Prevenção de Conflitos Agrários e Coletivos (PPCAC), no âmbito da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH). No mês seguinte, foi estabelecida a Comissão Estadual de Acompanhamento dos Conflitos Agrários de Pernambuco (CEACA/PE), para contribuir com medidas que visem à prevenção, mediação e resolução de conflitos agrários coletivos no Estado, garantindo o direito à terra e à efetivação de sua função social.

“Essa ação que foi anunciada ainda nesta semana aos membros da Comissão é fruto do acompanhamento da situação dessas famílias pelo Governo de Pernambuco. Tivemos a possibilidade de discutir essas questões tão significativas, ouvimos atentamente as demandas dos representantes e colocamos claramente todos os esforços que estão sendo feitos no âmbito das instituições públicas para trazer avanços como esse”, assegurou Paulo Câmara.

O Engenho Roncadorzinho é um dos primeiros ainda da época do Brasil Colônia. Os moradores da área têm como antepassados negros fugidos da escravidão que foram absorvidos pela cultura da cana.

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“Há indícios de que ele pertenceu a Central Barreiros. Depois fez parte dos ativos da Usina Santo André. Ambas falidas na década de 1990. Há 10 anos, a Agropecurária Javari , que também faliu, arrendou o engenho e em 2015 tentou a reintegração de posse”, explica o advogado da Comissão Pastoral da Terra, Lenivaldo Lima.

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