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Paraíba apresenta estudo de impacto ambiental e abre caminho para Ponte do Futuro

Com aporte de R$ 465 milhões, complexo viário da Ponte do Futuro vai ligar municípios de Cabedelo, Santa Rita e Lucena
Ponte do Futuro, Paraíba
Ponte do Futuro terá impactos positivos na logística e na mobilidade urbana na Paraíba. Foto: Divulgação

O Governo da Paraíba apresentou à sociedade, em audiência pública no município de Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa, os resultados do Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) referentes à construção da Ponte do Futuro, considerada a maior obra viária já realizada no estado nas últimas décadas. O cumprimento dessa fase era o último requisito antes do início das obras, que terão aporte de R$ 465 milhões e previsão de entrega em 2026.

O projeto consiste na construção de duas pontes para conectar os municípios de Cabedelo, Santa Rita e Lucena. A primeira terá uma extensão de dois quilômetros e ligará a BR-230 à BR-101 Norte. O empreendimento contará com um viaduto de 40 metros sobre linha férrea e um mirante, além de calçadas e ciclovia. Já a segunda ponte terá uma extensão de 420 metros e será construída sobre o Rio da Guia, em Lucena. As obras também incluem um prolongamento de 11,2 quilômetros da PB-011, de Forte Velho a Lucena, além da adequação da PB-025 até o entroncamento com a BR-101, com extensão de 500 metros.

De acordo com o Governo do Estado, a construção da Ponte do Futuro possibilitará que mais de 500 caminhões por dia deixem de circular no contorno urbano de João Pessoa e passem a transitar pela nova rota, melhorando o desempenho logístico. A medida também é avaliada como positiva para a mobilidade urbana e para a redução de poluentes no entorno da capital, já que outros 700 veículos por dia poderão utilizar a nova ponte, aliviando o tráfego na BR-230.

Audiência, Ponte do Futuro, Paraíba
Em audiência pública, estudo de impacto ambiental foi apresentado à sociedade. Foto: Governo da Paraíba/Divulgação

Ponte do Futuro vai criar área de expansão para o Porto de Cabedelo

O contrato com o Consórcio Jampa, liderado pela construtora A Gaspar S.A, foi assinado pelo governador João Azevedo em agosto deste ano. Na ocasião, o secretário estadual da Infraestrutura e dos Recursos Hídricos, Deusdete Queiroga, enfatizou que a construção da nova rota daria origem a uma “área de expansão para o Porto de Cabedelo e uma área industrial e comercial em Santa Rita, criando um ambiente de desenvolvimento”.

A previsão era de que os serviços começassem em cerca de 120 dias após a assinatura do contrato, prazo que dependia da apresentação dos relatórios ambientais, o que aconteceu esta semana. A obra deve gerar até 800 empregos diretos.

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Antes mesmo dessa fase, foram iniciados estudos da sondagem geotécnica das fundações da ponte às margens do Rio Paraíba e do viaduto sobre a linha férrea que passa pela região. É nesse período em que são determinadas as características do solo, como a composição das camadas, a resistência, a espessura da rocha e a presença de materiais como argila, areia ou cascalho.

Obra vai custar R$ 465 mi e terá ações para mitigar impactos ambientais

Na audiência pública para a apresentação do EIA/RIMA, representantes do Governo da Paraíba sanaram dúvidas e ouviram sugestões dos moradores da área. Pesquisadores detalharam os meios físico, biótico e socioeconômico da área de implantação do projeto, fruto de um trabalho realizado ao longo de oito meses por uma equipe de 60 especialistas.

O EIA/RIMA prevê 12 programas para compensação ou mitigação de impactos ambientais, que se desdobram em diversas ações específicas. O detalhamento dos estudos está disponível em um documento de 80 páginas disponibilizado neste site.

“Esse processo começou há muitos meses, assim como o estudo de impacto ambiental. Formamos uma equipe de doutores e professores da área para garantir que tudo seja feito da melhor forma possível, a fim de minimizar os impactos ambientais que a obra poderá trazer à região”, afirmou a secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Paraíba, Rafaela Camaraense.

Leia também: PBGás anuncia plano de expansão de R$ 35 mi para polos turísticos e industriais

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