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Fortescue recebe autorização para construir unidade de H2V no Ceará

O projeto Fortescue, multinacional australiana, prevê investimentos de R$ 20 bilhões
ZPE Ceará Porto de Pecém
ZPE Ceará Porto de Pecém

A australiana Fortescue recebeu autorização para iniciar as obras de preparação de sua unidade de produção de hidrogênio e amônia verdes no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), no Ceará. A licença de instalação, concedida pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) na última sexta-feira, dia 18. Com isso, a empresa está autorizada a começar os trabalhos.

No começo do mês, o Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE) aprovou o projeto para a instalação de uma planta de hidrogênio verde (H2V) da Fortescue, no Setor 2 da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Pecém.

O projeto da multinacional australiana prevê investimentos de R$ 20 bilhões para construção de uma das maiores plantas de hidrogênio verde do mundo. Serão produzidos na unidade cearense cerca de 500 toneladas diárias de H2V a partir da eletrólise da água, utilizando 1,2 gigawatts de energia renovável.

A primeira fase do projeto também inclui atividades de drenagem em uma área de 121 hectares, situada na Zona de Processamento para Exportação (ZPE 2 Ceará). O projeto de produção de H2V da Fortescue no Brasil, avaliado em US$ 5 bilhões, deve gerar cerca de 2.500 empregos diretos durante a fase de construção.

O avanço do Projeto Fortescue no Pecém ainda depende de uma decisão final de investimento (FID, por sua sigla em inglês), que deve ser avaliada em 2025 pela diretoria da empresa.

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Para Luis Viga, country manager da Fortescue no Brasil, regimes como a ZPE são fundamentais por conta dos diferenciais competitivos estabelecidos entre todos os agentes envolvidos, como o poder público Federal, Estadual, Complexo Industrial e Portuário do Pecém e a indústria. “Esse é mais um passo para garantir que o Brasil possa realizar seu potencial de ser líder global na transição para a economia de baixo carbono, o que passa necessariamente pela concretização do hidrogênio verde como fonte de energia e insumo industrial viável”, observa o dirigente.

luis viga, Associação do Hidrogênio Verde
Luis Viga: ZPEs são fundamentais para o setor/Foto: Divulgação/ABIHV

A expectativa da indústria gira em torno da regulamentação e certificação da lei para que investimentos sejam destravados. Além de gerar energia limpa, o hidrogênio produzido pode ser utilizado no transporte e na fabricação de outros produtos verdes, desenvolvendo áreas transversais da cadeia de valor do H2V em todo o país, com a produção sustentável de fertilizantes, aço e combustíveis. A nova indústria de H2V surge como um vetor da neoindustrialização verde no Brasil.

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