Edtech baiana insere jovens de baixa renda no mercado de TI 

Cubos Tecnologia, empresa baiana nascida em 2013 para anteder ao mercado com software, criou um spin-off que passou a formar programadores: a edtech Cubos Academy.
Cubos Academy
Sede da Cubos Academy em Salvador/Foto: divulgação

Emprego está difícil no Brasil, mas há setores, como de TI, onde há vagas sobrando. Com a tecnologia avançando numa velocidade maior que a capacidade nacional de gerar mão de obra para atendar à demanda, a oferta de é crescente. Em 2021, o setor cresceu 27%, um recorde nacional, segundo dados da Advance. Por isso, aprender programação tem sido uma boa oportunidade para quem busca ingressar no mercado de trabalho.

Um mercado que anda tão ansioso por preencher vagas que em muitas situações um curso técnico na área de programação já garante o emprego. Vendo neste cenário uma oportunidade, a Cubos Tecnologia, empresa baiana nascida em 2013 para anteder ao mercado com software, criou um spin-off que passou a formar programadores: a Cubos Academy.

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“Quando a Cubos Tecnologia surgiu, buscávamos alunos nas universidades para trabalhar conosco. Foi naquele momento que começamos a preparar mão  de obra. Com o passar do tempo e o surgimento de outras empresas dentro do nosso guarda-chuva, passamos contratar direto do mercado, mas é difícil achar um profissional que sabia programar como as empresas precisam. Foi aí que  entendemos que poderíamos passar a ensinar e fundamos a Cubos Academy, em 2020”, relembra Jose Messias Jr, 31 anos, CEO da empresa, que tem sede em Salvador e atua através de EAD.

Sucesso Compartilhado

O curso dura oito meses e geralmente, ao final do período, os alunos já têm um emprego garantido. Mas a Cubos Academy chama atenção por um programa social de pagamentos que vem permitindo que pessoas sem condições financeiras aprendam a programar e só após o ingresso no mercado de trabalho comecem a pagar pelo curso. É a modalidade “Sucesso Compartilhado”.

“Entendemos que educação é um elemento transformador e são as pessoas que podem construir esse novo mundo, com mais oportunidades e mais talentos para o mercado”, ressalta Messias Jr, acrescentando que a escola oferece 10% das vagas para o Sucesso Compartilhado. E não é preciso saber absolutamente nada de programação para participar.

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“Nós formamos o profissional do zero, para que ele consiga ser um desenvolvedor por completo, reunindo desde as habilidades técnicas de programação até todas as skills necessárias para a aplicação em vagas”, explica.

José Messias JR, CEO da Cubos
Jose Messias JR, CEO da Cubos Academy/Foto: divulgação

O perfil dos alunos são pessoas com renda per capta de 1,5 salário mínimo, em sua maioria negros e boa parte, mulheres. Nesses dois anos de atuação, já foram revertidos mais de R$100,00 mil em bolsas.

A vez dos 45+

Embora a faixa etária predominante seja entre 18 e 30 anos, os profissionais 45+ também têm espaço na Cubos. “Entendo que esses profissionais mais experientes são fundamentais para as empresas, porque acumulam outras  habilidades, já que estão vindo de áreas diversas”, ressalta o CEO.

O aluno aprovado no Sucesso Compartilhado demora em média 39 dias para começar a ter renda e 90% dos estudantes formados são empregados em até três meses após a formação. Em geral, ocorre um aumento de 20% na renda dessas pessoas.

O financiamento tem um tempo vigente de 5 anos, caso o contratante não tenha quitado o valor do curso nesse período, o contrato é encerrado automaticamente e não é necessário pagar mais nada. Nós realmente nos comprometemos com o sucesso desse profissional’’, ressalta o CEO da Cubos Academy.  

O programa com apenas dois anos de vigência já formou alunos em todo o país, embora atraia mais alunos do Nordeste. O último processo seletivo contou com mais de 12 mil inscrições e reuniu interessados de diversas faixas. No final de 2021, a escola já estava ao lado de grandes empresas como iFood e Nubank em projetos de alto impacto social envolvendo tecnologia e educação.

Assim, o Sucesso Compartilhado tem ajudado a resolver duas dores ao mesmo tempo: injeta novos profissionais num mercado carente de mão de obra, enquanto forma e recoloca no mercado pessoas que não possuem condições de arcar com os custos da especialização.

“Quando iniciei o curso de Desenvolvimento de Software Fullstack, estava completamente sem perspectiva e sem fonte de renda. Após ser aprovada no Sucesso Compartilhado, me encontrei em programação. Embora não tivesse nenhum conhecimento prévio em desenvolvimento, consegui aprender todas as habilidades necessárias para ingressar no mercado de trabalho. Com apenas um mês de formação no curso, já consegui ingressar na área como desenvolvedora Back-End Júnior. O curso mudou muito o rumo pessoal e profissional da minha vida’’, revela Debora Aline Silva.

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