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Caminhando para o encerramento do ciclo de moagem de cana-de-açúcar na safra 2024/2025, Alagoas apresenta aumento de 14% na produção de açúcar. A produção de álcool a partir de sorgo e milho também segue em crecimento, com mais de 12 milhões de litros produzidos pela Cooperativa Pindorama.
Segundo dados do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Alagoas (Sindaçúcar/AL), até a segunda quinzena de fevereiro pelo menos sete usinas já finalizaram a moagem de cana no estado e neste período 16,2 milhões de toneladas de cana foram processadas pelas 15 empresas que atuam no estado.
Até a primeira quinzena de fevereiro, as usinas produziram mais de 1,5 milhão de toneladas de açúcar. Em comparação à safra passada, quando o acumulado era superior a 1,3 milhão de toneladas, houve um crescimento de 14,4%.
O levantamento técnico da safra aponta ainda que foram produzidos 374.479 milhões de litros de etanol. Em comparação ao mesmo período da moagem anterior, quando a produção era de 384.259 milhões de litros do biocombustível, foi registrada uma variação de -2,55%. A safra 24/25 foi iniciada em agosto passado. Com isso, o ciclo está prestes a completar seis meses de moagem.
Cooperativa Pindorama segue produzindo etanol de cereais em Alagoas
Com sua moagem de cana de açúcar encerrada no final de janeiro, a Cooperativa Pindorama segue produzindo etanol e outros insumos de milho e sorgo em sua unidade localizada no município de Coruripe.
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A estimativa, segundo o gerente industrial da unidade, Erikson Viana, é seguir com a produção até junho, e processar 75 mil toneladas de grãos com a expectativa de produção de 30 milhões de litros de álcool.
“Essa projeção vai em cima da nossa capacidade. Este mês estamos voltando com ainda mais força. Nós vínhamos moendo, produzindo, mas não utilizando a força total. Estamos mais fortes agora e vamos alcançar esse grande resultado”, disse Viana.
De acordo com números da indústria, até o início de fevereiro, já foram processadas 29.500 toneladas de sorgo, resultando na fabricação de 12,4 milhões de litros de etanol, além da produção de 13.600 toneladas de WDG.
O WDG é um coproduto da transformação do sorgo em álcool que possui valor nutritivo e cerca de 36% de proteína em sua composição, utilizado na alimentação animal.
A previsão é de que, nesta moagem de grãos, sejam geradas 35 mil toneladas de WDG, que já é escoado para pecuaristas de vários estados do Nordeste, além de ser utilizado pela própria Pindorama em seu confinamento de gado, que está́ em fase inicial, mas que já começou com números expressivos, como a quantidade de mais de 2 mil animais. A previsão do grupo é expandir a quantidade de animais e o tamanho da área de confinamento nos próximos meses.
O presidente da Cooperativa Pindorama, Klécio Santos, destacou o investimento acertado na usina de grãos, principalmente quando ocorrem imprevistos, a exemplo da escassez hídrica que ocorreu na safra recentemente finalizada.
“Nossa ideia foi encontrar uma alternativa para fazer com que a usina pudesse estar sempre ativa, mesmo no período de entressafra da cana. Esse investimento tem se mostrado de grande importância no sentido de dar o retorno e o resultado esperados, pois, além de gerar emprego e renda e fortalecer as finanças de nossos cooperados, possibilita um maior desenvolvimento para todo o estado de Alagoas”, destacou Klécio Santos.
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